O governo federal anunciou hoje (11) o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê um investimento expressivo de R$ 1,68 trilhão nos próximos anos.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente.
Segundo informações do governo, o programa tem como objetivo principal a aplicação de R$ 1,3 trilhão até o ano de 2026, marcando o final do terceiro mandato de Lula. Outros R$ 300 bilhões estão previstos para serem investidos a partir de 2027.
O novo PAC abrange a retomada de obras que estavam paralisadas, a aceleração de projetos já em andamento e a concepção de novos empreendimentos estratégicos.
A primeira fase do novo PAC, conforme o cronograma, está agendada para setembro.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao assinar os decretos do programa, destacou: “Hoje começa o meu governo. Até agora, o que fizemos foi reparar o que havia desandado. Recuperamos 42 políticas de inclusão social. O PAC é o começo do nosso terceiro mandato. A partir dele, os ministros terão que parar de ter ideias e começar a trabalhar”.
Os nove eixos do novo PAC abordam diversas áreas de necessidade e terão seus recursos distribuídos da seguinte forma:
- Inclusão digital e conectividade: R$ 28 bilhões
- Saúde: R$ 31 bilhões
- Educação: R$ 45 bilhões
- Infraestrutura social e inclusiva: R$ 2 bilhões
- Cidades sustentáveis e resilientes: R$ 610 bilhões
- Água para todos: R$ 30 bilhões
- Transporte eficiente e sustentável: R$ 349 bilhões
- Transição e segurança energética: R$ 540 bilhões
- Defesa: R$ 53 bilhões
Além disso, o novo PAC também alocará R$ 136 bilhões para projetos considerados prioritários por estados e municípios, abrangendo áreas como urbanização, saúde, educação, cultura e esporte.
O PAC, criado em 2007, tornou-se uma marca das gestões petistas, englobando tanto obras de infraestrutura quanto programas sociais, como o renomado Minha Casa, Minha Vida.
Nas edições anteriores do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o governo despendeu R$ 666,5 bilhões, valores ajustados pela inflação até junho deste ano.
Esse montante é mais de 11 vezes superior aos recursos destinados ao investimento anual na nova etapa, que totaliza R$ 60 bilhões.
Apesar dos substanciais volumes de investimento, o PAC enfrentou dificuldades em relação à execução de obras. Um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) referente a 2019 revela que o PAC 1 (2007 a 2010) concluiu somente cerca de 9% das ações planejadas no período. No caso do PAC 2 (2011 a 2014), apenas 26% das medidas propostas foram efetivamente entregues.
Este histórico destaca os desafios enfrentados pelo programa em garantir uma efetiva execução dos projetos, mesmo diante de aportes financeiros consideráveis.
*Com informações do G1
Saiba mais:
Manutenção da taxa de juros azeda de vez relação entre Governo e Banco Central
PIB cresce para 2,14% e inflação cai em 2023 e 2024, aponta Boletim Focus do Banco Central