Seis Instituições de Ensino Superior (IES) do Ceará, de um total de 126 do Brasil, estavam presentes no levantamento realizado pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores (Brasil Júnior) que apontou o Ranking das Universidades Empreendedoras (RUE) no país, em 2021. Dentre as dez primeiras colocações, a Universidade Federal do Ceará (UFC), na sétima posição, com nota de 5,57 (melhorou oito posições em relação à pesquisa de 2019). O primeiro lugar coube a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em São Paulo, com 7,36, seguida pela Universidade de São Paulo (USP), com 7,11, e Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, com 6,42.
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A segunda instituição cearense melhor colocada no ranking foi a Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com 4,60 e na 39º posição. Em seguida, no 42º lugar, a Universidade Federal do Cariri (UFCA), com 4,56; Universidade Estadual do Ceará (UECE) na 71ª posição, com 4,10; Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), no 76º lugar, com 3,96, e Universidade Regional do Cariri (URCA), com nota 3,88 e ocupando a 79ª posição. Profissionais ligados diretamente à questão do empreendedorismo e inovação nas academias afirmam que houve um crescimento no setor, tanto nas instituições públicas como nas privadas, mas está longe de ser o ideal, uma vez que o empreendedorismo e inovação nas IES precisam crescer ainda mais.
A nota envolve seis dimensões: cultura empreendedora; inovação; extensão; infraestrutura; internacionalização e capital financeiro. Nesta perspectiva, o primeiro foi assim ocupado: em cultura empreendedora: Unilab; Inovação: Unicamp; Extensão: USP; Internacionalização: USP; Infraestrutura: Universidade do Vale do Taquari (Univates), do Rio Grande do Sul; e Capital Financeiro: a Unicamp.
Este ano, o Brasil Júnior está realizando nova pesquisa entre as IES. O RUE é realizado a partir da coleta e análise de dados de três diferentes fontes: a primeira é a pesquisa de percepção, que tem como objetivo coletar a percepção dos discentes; a coleta por meio dos embaixadores (alunos voluntários) é a segunda fonte, que visa obter informações autodeclaradas pelas universidades diretamente na plataforma; a terceira fonte são de dados de fontes secundárias, ou seja, base de dados complementares a partir das informações já existentes.
Para a construção da arquitetura do ranking, de acordo com o Brasil Júnior, foi realizada uma consulta com mais de 4000 estudantes sobre quais características que mais contribuem para uma Instituição de Ensino Superior (IES) ser mais empreendedora. E com base nas respostas foram definidas as seis dimensões já citadas.
A pesquisa revelou que 74% dos estudantes afirmaram que a universidade apresenta casos de sucesso de ex-alunos(as). Em relação à influência de aspectos do curso e da universidade no desenvolvimento da postura empreendedora dos estudantes, 22% discordaram que a metodologia do curso contribui para o desenvolvimento da postura empreendedora, enquanto 29% disseram que a grade curricular do curso não contribui para o desenvolvimento da postura de empreendedor. Mas, 64% dos estudantes acreditavam que possuíam postura empreendedora.
Tendo como base a cultura empreendedora, 58% dos estudantes afirmaram que empreendedorismo é melhorar o ambiente no qual está inserido; 50% disseram que é abrir o seu próprio negócio, enquanto para 43% garantiram que seria fazer algo bom para a sociedade. Quatro em cada dez estudante, segundo a pesquisa, pretendiam constituir uma empresa em algum momento de suas vidas. Já 66% dos estudantes observaram que os professores são acessíveis para apoiar suas iniciativas empreendedoras. Quando a questão diz respeito aos professores e empreendedorismo, 59% dos estudantes atestaram que os professores tinham postura empreendedora, enquanto 81% afirmaram que os professores tinham experiência no mercado de trabalho.
Quanto ao ambiente de infraestrutura das universidades, 53% dos estudantes avaliaram a disponibilidade de acesso à internet (Wi-Fi e/ou por cabo) como boa ou excelente e 45% consideraram a velocidade boa ou excelente. Outros 57% afirmaram que desconheciam a existência de ambiente de inovação na universidade.
Menos dependências e geração de riqueza
As universidades no mundo, desde o seu nascedouro, tinham um objetivo bem definido: transferir conhecimento. No século passado, além de repassar, elas começaram a gerar conhecimento. A partir de então, a pesquisa foi fortalecida, estabelecendo também conexão com a sociedade. Com o passar dos anos, as universidades, a partir da metade do século passado, tinham como base o tripé ensino, pesquisa e extensão.
E foi nessa mesma época, nas economias mais desenvolvidas, que foram idealizadas instituições empreendedoras, que passaram a ser um novo paradigma, explica o professor Abraão Saraiva Júnior, mestre e doutor em Engenharia de Produção (Poli USP), professor e diretor adjunto de extensão do Centro de Tecnologia da Universidade Federal do Ceará (UFC); fundador do Centro de Empreendedorismo da UFC, diretor de Empreendedorismo e Inovação do Parque Tecnológico (Partec/UFC) e coordenador de Empreendedorismo da Pró-Reitoria de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional (Prointer/ UFC).
No Brasil, sobretudo no início dos anos 2000, essa perspectiva (empreendedorismo e inovação) começou a ser trabalhada, mas de forma incipiente – observa. No Ceará, da década passada para cá, houve um avanço significativo, com um conjunto de iniciativas para fortalecer a pauta do empreendedorismo no âmbito acadêmico, como na UFC, no Instituto Federal, universidades particulares, como a Unifor e Unichristus, e também no interior, UFCA, UVA, Unilab, cada uma dentro das suas possibilidades. Elas começaram a trabalhar iniciativas na formação empreendedora e também na ampliação da cultura em prol do empreendedorismo e da inovação.
“Então, isso cada vez mais tem ganhado importância, porque o desenvolvimento socioeconômico pautado por inovação ou seja, menos dependência de tecnologias estrangeiras, passa pela articulação permanente, no que nós chamamos de hélice tríplice: academia, poder público e a iniciativa privada trabalhando de forma conjunta, junto à sociedade para desenvolver tecnologias, soluções pra resolver os problemas da sociedade. E essas soluções podem vir a se tornar novos negócios, quando elas, por exemplo, são comercializadas, gerando riquezas e contribuindo para o desenvolvimento socioeconômico do Ceará.”
Abraão Saraiva Júnior, professor e fundador do Centro de Empreendedorismo da UFC
Para ele, na medida em que a academia se propõe a trabalhar o empreendedorismo e a inovação, surge a possibilidade de pesquisas aprofundadas que se transformam em tecnologias. Estas podem ou não ser protegidas, nas formas de patentes ou registro de software, ou propriedade intelectual. “E a partir da geração, a tecnologia poderá ser transferida para a sociedade. Ou por meio de empresas já existentes ou pela fundação de empresas, que nascem a partir de tais pesquisas, as chamadas spin-offs acadêmicas. Com isso, é possível ter menos dependência de outras nações, de outras regiões, contribuindo assim pra geração de riqueza naquele local, como no Ceará, que tem colhido bons frutos nos últimos anos com o empreendedorismo e inovação, mas ainda existe um longo caminho a ser percorrido”.
Sobre qual a principal dificuldade para alavancar o empreendedorismo e a inovação nas academias, o professor Abraão Saraiva Júnior afirma que é a questão cultural, pois não é comum um estudante entrar na universidade já pensando que a instituição pode ser um local de desenvolvimento de competência e empreendedorismo. Tradicionalmente, a perspectiva é de ser gerada formação técnica, preparação para o exercício de uma profissão específica ou concurso público. A formação empreendedora e a inovação são deixadas em segundo plano. No entanto – frisa – isso cada vez mais tem se modificado, tem melhorado, para que os estudantes tenham uma maior conexão com essa temática de empreendedorismo.
E uma vez tendo essa conexão, o estudante passa a ter acesso a programas e iniciativas que possibilitam a formação de competências empreendedoras, podendo, a partir daí, desenvolver projetos de negócios que podem vir a se tornar CNPJ ou ficar próximo disso. “Uma vez esses projetos de negócio sendo minimamente validados, vem a possibilidade de atração de investimentos. A maior dificuldade é justamente essa virada de chave e o desenvolvimento de ações empreendedoras. A virada de chave seria despertar para a questão da cultura empreendedora e começar a se capacitar com relação a essa temática. E uma vez minimamente capacitado, começar a desenvolver o projeto de negócio, tirar as ideias do papel e começar a tentar validar essas ideias”.
UFC é pioneira na área federal no Brasil
Indagado sobre o que a UFC tem realizado nos últimos anos para estimular os estudantes quanto ao empreendedorismo, o professor Abraão Saraiva Júnior informa que, em 2020, foi lançado o Empreende UFC, que é um programa de bolsas de estímulo ao empreendedorismo inovador, o primeiro de toda a rede federal de educação superior brasileira. “Nós já concedemos cerca de 300 bolsas e já investimos, com orçamento da universidade, mais de R$ 1 milhão. Já foram impactados mais de 700 membros acadêmicos (estudantes de graduação, de pós, servidores, docentes e servidores técnicos, tanto da Capital como do interior do Estado. Temos, sim, uma procura grande”.
Somente em 2023 já são 170 participantes do programa, distribuídos em 36 equipes que estão desenvolvendo os projetos de negócios inovadores, startups ou empreendimentos de impacto socioambiental. “E com o programa eles estão passando por uma trilha empreendedora desde abril de acesso a mentorias e capacitações específicas, que vão até dezembro”.
“O programa é realizado em parceria com o Sebrae e outros atores, são mentores e avaliadores de propostas. Isso tem nos deixado bem contentes, porque há uma demanda crescente de estudantes interessados pela atividade do empreendedorismo inovador na Universidade Federal do Ceará, mas a gente testemunha também em outras instituições, inclusive públicas e privadas do Ceará. É um movimento muito positivo que tem dado frutos para o Estado e com certeza virá ainda melhores resultados no futuro próximo” – acredita.
Crescimento veio com a crise econômica de 2015
O Ceará já vem desenvolvendo, há alguns anos, iniciativas em prol do empreendedorismo e da inovação, mas o ano que teve uma perspectiva maior de crescimento, por uma necessidade socioeconômica, foi em 2015, devido à crise econômica brasileira. A crise – garante Abraão Júnior – fez com que outras iniciativas fossem desenvolvidas, como forma de tenta trazer alternativas para vencer o problema econômico no país e no Ceará. “Isso fez com que a sociedade despertasse. E o empreendedorismo e a inovação viraram palavras, digamos, com muito apelo, tanto em termos de instituições de educação, como também de órgãos do poder público, como também de entidades empresariais. Não somente a inovação como forma de diferenciação, mas como forma de sobrevivência nos novos tempos”.
Neste contexto, ele cita, por exemplo, na iniciativa privada, o Hub inovação do IEL e o hub de inovação do SENAI. Na esfera pública, o hub de inovação do BNB, o parque tecnológico da UFC, Programa Empreende UFC, a INCUBAUECE; as incubadoras do IFCE, Parque Tecnológico da Unifor, Programa de incentivo ao empreendedorismo do Sebrae (Startup Ceará); programas inovadores da Secitece, da Funcap, como Inova Fit, Tecnova, Centelha, enfim, é um conjunto amplo de iniciativas, a maioria iniciadas a menos de dez anos. “Tudo isso faz com que nosso sistema de empreendedorismo inovador cearense esteja num momento de grande desenvolvimento”.
UFC: 125 projetos inovadores em quatro anos
Nos últimos quatro anos, a UFC desenvolveu 125 projetos – e alguns deles já viraram CNPJ. “Temos também startups incubadas no Parque Tecnológico da UFC: são sete e outras cinco em processo de formalização da incubação; inúmeros projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PDI), em que empresas ou instituições públicas demandam serviços de pesquisa, que podem vir a suscitar desenvolvimento tecnológicos e inovações”. No ano passado, a UFC, em parceria com essas empresas nacionais e algumas internacionais, chegou a captar mais de R$ 100 milhões em projetos. “Isso ajuda, mas não substitui, claro, o financiamento público, mas de alguma forma sim, contribui para o financiamento, a modernização da universidade” – entende.
A UFC dispõe, para incentivar o empreendedorismo e inovação, do Centro de Empreendedorismo (CEMP UFC) que é um programa de extensão, iniciado em dezembro de 2014, com a missão disseminar a cultura do empreendedorismo, apoiar a germinação de novos negócios inovadores, fortalecer o ecossistema de empreendedorismo cearense e promover a formação de competências empreendedoras em estudantes (nível médio, graduação e pós-graduação) e em professores & dirigentes de Instituições de Educação Superior (IES) do Estado do Ceará.
Já o Condomínio de Empreendedorismo e Inovação reúne o ecossistema de startups da UFC, estimulado por bolsas de inovação e por áreas de coworking, além da diretoria do Parque Tecnológico, responsável por incubar startups inovadoras. No mesmo prédio, também estão presentes a Escola Integrada de Desenvolvimento e Inovação Acadêmica (EIDEIA), a Pró-Reitoria de Relações Internacionais e Desenvolvimento Institucional (PROINTER), a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), o Centro de Empreendedorismo da UFC (CEMP) e o espaço para a INOVE Quixadá.
O INOVE Quixadá busca fomentar o desenvolvimento tecnológico e social da Região do Sertão Central cearense, atuando em Pesquisa & Desenvolvimento e apoiando a geração de novos empreendimentos, de forma integrada e autossustentada com a sociedade. O Parque Tecnológico da Universidade Federal do Ceará (PARTEC/UFC) foi criado para estimular a cultura de inovação e empreendedorismo de alunos e professores da Universidade, tendo como finalidade, em associação com as empresas, o desenvolvimento de produtos e processos tecnológicos que venham atender aos problemas reais do nosso estado e do país.
O Programa Empreende UFC é voltado ao estímulo do fortalecimento do empreendedorismo e da inovação, envolve estudantes de graduação, pós-graduação e servidores docentes e técnico-administrativos.
Podem ser apresentados projetos de empreendimentos inovadores, startups, negócios de impacto socioambiental, negócios de base tecnológica e spin-offs acadêmicas. O Empreende UFC prevê a concessão de 90 bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Inovação (PIBI) para estudantes de graduação.
INCUBAUECE é parceira estratégica para empreendedores
Para Jéssica Castelo Branco Fernandes, analista de Comunicação da INCUBAUECE, o empreendedorismo na academia desempenha um papel fundamental no desenvolvimento econômico e social, impulsionando a inovação e transformando ideias em negócios de sucesso. Tanto, que na Universidade Estadual do Ceará (UECE) esse cenário ganha destaque através da INCUBAUECE, Incubadora de Empresas e Centro de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Instituição.
Com o objetivo de fomentar o empreendedorismo e a inovação, a INCUBAUECE desempenha um papel essencial na transformação de projetos inovadores desenvolvidos na UECE e pela comunidade em geral. Desde o início das suas atividades, em 17 de setembro de 2010, a incubadora tem sido uma parceira estratégica para empreendedores, proporcionando um ambiente propício para o desenvolvimento de ideias e oferecendo suporte técnico especializado – afirma.
Jéssica Fernandes adianta que a INCUBAUECE é uma incubadora credenciada à Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec) e possui certificação pelo Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (CERNE), no nível CERNE 3. “Isso atesta o alinhamento da incubadora às melhores práticas e metodologias de incubação, o que garante o fornecimento de serviços de qualidade aos empreendimentos incubados”.
“A incubadora conta com importantes parcerias com os principais agentes do ecossistema de inovação do Estado, fortalecendo ainda mais a sua atuação e ampliando as oportunidades para os empreendedores que fazem parte dos seus programas. Sua missão é a de facilitar a transformação de ideias e conhecimentos em negócios inovadores e sustentáveis, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social da região. Através das modalidades de pré-incubação, incubação, associação e empresa graduada associada, a INCUBAUECE oferece serviços e recursos que auxiliam empreendedores em diferentes fases de seus empreendimentos.”
Jéssica Castelo Branco Fernandes, analista de Comunicação da INCUBAUECE
Nos últimos 13 anos, a INCUBAUECE já apoiou mais de 15 empresas na modalidade de incubação e mais de 40 startups na modalidade de pré-incubação, contribuindo para o crescimento e o sucesso desses empreendimentos. Um dos principais objetivos é sensibilizar e fomentar futuros empreendedores. A INCUBAUECE busca despertar o espírito empreendedor, estimulando o pensamento criativo e o desenvolvimento de competências necessárias para a criação e o crescimento de negócios inovadores – ressalta.
A analista de Comunicação destaca, dentre os projetos da INCUBAUECE, o programa de pré-incubação, que é uma iniciativa voltada para apoiar equipes em fase de ideação na transformação de suas ideias inovadoras em empreendimentos de sucesso. Na sua quarta edição, o programa adota uma jornada fechada, com edital lançado anualmente, de forma gratuita e 100% virtual. O programa possibilita que empreendedores em potencial tenham acesso a apoio técnico especializado, capacitações, mentorias, consultorias, monitoramentos e premiações mensais. Já o Programa de Incubação – aberto a micro, pequenas, médias e grandes empresas legalmente constituídas, com produtos ou processos inovadores – tem por objetivo apoiar empreendedores que desejam desenvolver seu empreendimento ou projetos específicos.
A INCUBAUECE, segundo Jéssica Fernandes, oferece diversos benefícios aos empreendimentos incubados, como a possibilidade de ter um espaço físico dentro da universidade (modalidade residente), autorização para uso de laboratórios, orientação empresarial, mercadológica e de gestão, intermediação para cooperação tecnológica e infraestrutura para cursos e workshops. O programa busca impulsionar o desenvolvimento e a consolidação das empresas, fornecendo suporte técnico, capacitações e networking. O atual edital de credenciamento (no 53/2022) está vigente até 31 de dezembro de 2024, permitindo que empresas interessadas possam submeter seus projetos a qualquer momento dentro desse período.
O Trilha do Empreendedor é outra iniciativa da INCUBAUECE para capacitar, de forma rápida e prática, aqueles que estão iniciando sua jornada no mundo das startups e do empreendedorismo. Através de aulas ministradas por especialistas do ecossistema de inovação, a trilha aborda temas essenciais, como o processo de iniciar uma startup, modelagem de negócios, validação de ideias, desenvolvimento de produtos e estratégias de marketing. Com acesso gratuito e digital, a Trilha oferece a oportunidade de adquirir conhecimentos fundamentais, impulsionar o sucesso e receber um certificado de 20 horas complementares ao concluir o programa.
Para concluir, ela diz que a INCUBAUECE tem se consolidado como uma importante parceira para empreendedores que buscam apoio na concretização de seus projetos inovadores. Sua trajetória duradoura no cenário de empreendedorismo e inovação do Estado é um testemunho de sua relevância e impacto na comunidade. “Como analista de Comunicação da INCUBAUECE, acredito firmemente na importância das ações da incubadora para sensibilizar e fomentar futuros empreendedores na área de inovação. A INCUBAUECE está contribuindo para a formação de uma nova geração de empreendedores que irá impulsionar o desenvolvimento econômico e social da região”.
UECE lança agência de inovação
A Universidade Estadual do Ceará lançou, em maio deste ano, a Agência de Inovação da UECE, a AGIN, que além de absorver as atribuições no Núcleo de Inovação Tecnológica, passou a agregar novas atuações no sentido de fortalecer o papel da universidade no fomento à inovação e ao empreendedorismo. O coordenador da AGIN, professor Jefferson Teixeira, destaca que a agência vai articular e acompanhar todas as ações da universidade relacionadas à inovação e empreendedorismo, em parceria com os diferentes setores e atores que compõem esse ecossistema institucional, “além de articular com ambientes externos, públicos e privados, que atuam nessas áreas. Incluindo agências de fomento, secretarias de estado e municipais, incubadoras, aceleradoras, hubs de inovação, investidores, fundos de investimento, entre outros”.
Ele acredita que, no âmbito do fomento ao empreendedorismo, com o apoio e liderança da professora Cora Franklina, que está à frente da assessoria de empreendedorismo da AGIN, “avançamos no processo de aproximação e institucionalização das Empresas Juniores da UECE, além de criar oportunidades de formação em empreendedorismo. Aliás, a Universidade já realiza diversas ações para fomentar o empreendedorismo acadêmico, como, por exemplo, a da disciplina de Inovação e Empreendedorismo Acadêmicos para os seus mais de 30 cursos Stricto Sensu (Mestrado e Doutorado).
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