Um grupo de 30 industriais brasileiros viajou para a África do Sul para participar de reuniões com empresários de países que compõem os BRICS (grupo formado por Rússia, Índia, China, Brasil e África do Sul). Com a China como um dos principais parceiros comerciais do Brasil, a ideia é aproveitar a oportunidade promovida pelo encontro e estreitar as relações com os outros países, em especial, a Índia.
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“A Índia deverá apresentar um desenvolvimento e crescimento econômico bastante vigoroso nos próximos anos. Seria muito interessante que pudéssemos compartilhar desse crescimento e tivéssemos uma maior amplitude não só comercial como também de investimentos mútuos. Já temos muitas indústrias que estão localizadas dentro da Índia e, certamente, com esse novo nível de crescimento econômico deverão surgir muitas oportunidades.”
Ricardo Alban, presidente eleito da Confederação Nacional da Indústria (CNI)
Alban é o líder da reunião de empresários presente no país africano. De acordo com ele, existem outras oportunidades a serem exploradas na Rússia e na África do Sul. Enquanto que com os russos, a relação se dá principalmente a partir do agronegócio, no setor de fertilizantes, a relação com os sul-africanos é vista como uma porta de entrada que vai servir de base para o movimento do Brasil, chamado de “neoindustrialização”, da indústria do amanhã.
“O mundo vai buscar uma economia verde e, dentro dessa economia verde, o mundo vai cobrar produtos manufaturados de origem sustentável. Podemos nos transformar num país de exportação de commodities de energia renovável. Precisamos fazer a nossa descarbonização e sustentabilidade para nossas indústrias para, aí sim, sair na frente na colocação de produtos manufaturados efetivamente verdes”, ressalta Alban, ainda sobre esse novo mercado industrial.
Essa interação direta com os BRICS é fundamental, segundo o presidente da CNI, visto que os países do grupo somam 42% da população mundial e representam também 25% do PIB do mundo. Além dos recursos naturais abundantes que esses países possuem, como petróleo, gás natural, minério de ferro e água.
Ainda assim, a expansão dos BRICS gera, também, novas possibilidades. 22 nações já demonstraram interesse em fazer parte do bloco e os atuais integrantes deverão debater os critérios para a entrada de novos membros.
“Esperamos que essa seja uma ampliação onde nós possamos ter convergências de interesses, obviamente entre os cinco países nesse momento, e que possamos aproveitar as características inerentes às vantagens competitivas de cada um e acelerar onde nós somos convergentes. E poder nos antecipar em possíveis divergências, para poder mitigá-las o quanto antes”, destaca o presidente da CNI sobre os impactos benéficos para o setor de indústrias do Brasil.
*Com informações da Agência Brasil
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