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Uso de IA na saúde deve acelerar a criação de novos medicamentos

Uso de ia na saúde

A IA generativa foi incorporada à indústria da saúde, desde diagnóstico antecipado até a produção de novos medicamentos e vacinas. Nesse contexto, o mercado tem direcionado a atenção para o setor, só em 2022, foi o campo de atuação da tecnologia com maior investimento, na casa dos US$ 6,1 bilhões (R$ 30,3 bilhões), de acordo com dados do 2023 AI Index Report, da Universidade de Stanford, um relatório anual que rastreia, compara e analisa dados relacionados à inteligência artificial, promovendo o uso de IA de forma responsável e ética.


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“O setor da saúde sempre foi aberto às inovações tecnológicas, e a chegada da inteligência artificial está causando uma reviravolta, graças à massiva disponibilidade de dados. Nos próximos 10 anos, o investimento esperado no setor da saúde será de quase US$ 188 bilhões.”

Irène Foglierini, professora de Procurement and Supply Chain na ESCP Business School

A presidente do comitê de compras da Assistance Publique–Hôpitaux de Paris (APHP), que reúne 39 hospitais públicos de Paris, acredita que o uso mais promissor da IA se dá no descobrimento de novos medicamentos e na personalização dos cuidados médicos. A  tecnologia vai diminuir o longo processo de pesquisa e desenvolvimento no setor farmacêutico, com possibilidade de prever doenças em certas pessoas. “Também será possível personalizar os cuidados médicos e melhorar o uso dos medicamentos, principalmente para doenças como o câncer, diabetes ou, ainda, certas doenças raras que não são com frequência pesquisadas, e ter uma observância contínua e em tempo real do paciente, com a possibilidade de alertar o médico em caso de anomalia“, ressalta a especialista.

IA e a saúde no Brasil

Irène virá para o Brasil na próxima semana para participar do International Innovation Seminar, evento com enfoque em inovação e tecnologia realizado pelo Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Destacando a desigualdade no acesso ao sistema de saúde brasileiro, ela pontua sobre a adesão da IA generativa no meio, em que os grandes hospitais particulares poderão investir na implementação dos avanços que a tecnologia pode trazer. Enquanto os hospitais públicos sofrerão com orçamentos aquém do ideal.

“Neste sentido, os pacientes ‘ricos’ poderão ser melhores tratados, enquanto os pacientes ‘pobres’ continuarão a sofrer da ineficiência do atendimento público. As últimas evoluções médicas permitem alongar a duração da vida, tratar certas doenças que antes não se podia curar, como certos cânceres. Mas tudo isto a um custo. A vida não tem preço, mas a saúde tem um custo! E ele é cada vez mais elevado.”

Irène Foglierini, professora de Procurement and Supply Chain na ESCP Business School

As orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) são de cautela no uso da ferramenta no que diz respeito a modelos de linguagem gerados por IA, visando a proteção e a promoção do bem-estar, da segurança, da autonomia humana e da saúde pública.

*Com informações da Época Negócios.

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