A partir do ano que vem, Argentina, Egito, Arábia Saudita, Etiópia, Irã e Emirados Árabes Unidos integrarão o BRICS. O anúncio foi oficializado nesta quinta-feira (24), por meio da Declaração de Joanesburgo, documento que firma acordo entre todos os atuais integrantes do grupo composto por países emergentes (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
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Aproximadamente, 40 países solicitaram a entrada ou sinalizaram interesse em ingressar no grupo. É a primeira vez, desde 2011, quando houve a entrada do país sul-africano, que o bloco apresenta um aumento de integrantes.
A China é a nação com maior interesse nessa ampliação dos BRICS. Por representar a maior economia do alinhamento, que corresponde quase 70% do PIB do grupo, visa ter maior prestígio diplomático, além de possibilitar uma aproximação política e econômica na Ásia e em outros continentes.
África do Sul e Índia, além do Brasil, discordavam da adesão de novos membros. A ampliação só ocorreu por conta do acordo aceito pelos chineses, que implica em concordarem com a reforma do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Os três países são candidatos para uma vaga na organização de cunho permanente, status que China e Rússia já possuem.
“Neste mundo em transição, o BRICS nos oferece uma fonte de soluções criativas para os desafios que enfrentamos. A relevância do BRICS é confirmada pelo interesse crescente que outros países demonstram de adesão ao agrupamento. Entre os vários resultados da cúpula de hoje, ressalto a ampliação do BRICS, com a inclusão de novos membros.”
Luiz Inácio Lula da Silva, Presidente da República.
Com a expansão confirmada, o BRICS vai representar cerca de 46% da população mundial e quase 36% do Produto Interno Bruto (PIB) global em paridade de compra.
A 15ª Cúpula de chefes de Estado do BRICS se encerrou nesta quinta-feira (24) e contou com a presença de todos os mandatários do grupo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, o presidente da China, Xi Jinping, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi e, inclusive, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, de forma virtual, marcaram presença no encontro.
*Com informações do Exame.
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