A última pesquisa Produtividade na Indústria, realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que a área passa por um dos momentos mais árduos da história. De acordo com a pesquisa, o indicador que mede a produtividade do setor apresentou um recuo de 2,8% em 2022. Em comparação com os dez maiores parceiros comerciais, o Brasil possui a pior média na categoria.
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Para alcançar esse dado final, a CNI calcula a média entre o volume produzido pelas horas que foram trabalhadas na produção. O primeiro indicador do ano passado mostrou uma variação negativa de 0,4%. Em contrapartida ocorreu um aumento de 2,7% no segundo. O resultado mostra que essa é a terceira queda consecutiva no índice, alcançando o mesmo nível de regressão de 2014.
A confederação explica que a queda tem relação, em grande parte, com as consequências da pandemia causada pelo Corona vírus e pela guerra entre Rússia e Ucrânia. A pesquisa ainda aponta que a escassez e o alto valor das matérias-primas foram os problemas mais mencionados pela indústria nacional entre o terceiro trimestre de 2020 e o quarto trimestre do ano passado.
Nesse contexto, ainda é difícil para a CNI prever se o índice poderá subir novamente em 2023, devido aos últimos resultados, que apontaram uma queda de 2,2% no terceiro trimestre do ano passado, e uma estagnação de 0,4% nos três meses posteriores.
Indústria entre 2019 e 2021
A pandemia derrubou os índices de produtividade no setor industrial brasileiro desde o começo. Entre 2019 e 2021, o declínio foi de 9%. Em relação aos maiores parceiros comerciais do país, com exceção de China, Rússia, Chile e Índia, a atuação brasileira na área foi a pior entre todos os países. Com base na média geral, o Brasil teve um recuo de 5,2% nesse período.
“A gente entende que, vencidos esses fatores conjunturais que estão relacionados a essas dificuldades causadas por esse contexto internacional instável, é necessário que a gente crie condições para que os investimentos sejam retomados, o que vai permitir que a produtividade comece a se recuperar.”
Samantha Cunha, gerente de Política Industrial da CNI.
Brasil, França e Japão são os únicos que ainda não voltaram a apresentar os números registrados antes da pandemia no setor. Desde o início da série histórica, em 2000, o Brasil já caiu 23% em relação à média dos outros dez países que integram a pesquisa.
*Com informações do Correio Braziliense.
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