Chamado de combustível do futuro, em razão da necessidade de descarbonização da economia, o hidrogênio de baixo carbono é de interesse do Reino Unido, que colocou como objetivo produzir 10 gigawatts deste combustível até 2030. Até lá, a expectativa é de que sejam gerados 9 mil empregos na cadeia produtiva do hidrogênio verde.
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De acordo com o cônsul-geral do Reino Unido no Rio de Janeiro, Anjoum Noorani, o Reino Unido está atento às parcerias com o Brasil, tendo em vista que ambas podem despontar entre as futuras superpotências do meio. Segundo o cônsul, hoje, a produção de hidrogênio de baixo carbono dos britânicos não é em nível industrial, mas estão explorando diferentes maneiras de produzir para optar pela melhor alternativa.
“O que todos buscam é ter uma energia barata, limpa e segura. Atualmente, é impossível ter estas três condições. Então, o trabalho do governo é resolver esta equação.”
Anjoum Noorani, cônsul-geral do Reino Unido no Rio de Janeiro.
O hidrogênio é considerado verde, quando usa energias renováveis na sua produção ou é fabricado a partir de um processo que captura o carbono. A partir disso, o Reino Unido tem duas condições necessárias para a produção: possui uma grande capacidade de gerar energia renovável com um potencial grande de eólicas offshore, no mar e também tem disponibilidade de água.
Líder no setor eólico offshore na Europa, o Reino Unido gera 14 GW, e ainda com esta mesma fonte quer alcançar uma geração de 50 GW em 2030. Isso seria suficiente para abastecer a todos os lares britânicos com energia eólica offshore.
Os britânicos atualizaram a estratégia de implantação da cadeia do hidrogênio de baixo carbono em 2022. Segundo o cônsul-geral, foram impostas políticas públicas para implementar a estratégia estabelecendo pontos a serem definidos como os sistemas de certificação para assegurar que o hidrogênio é de baixo carbono. “Não dá para termos vários padrões. Este padrão de certificação internacional poderia ser criado junto com o Brasil”, acrescenta.
A expectativa do Reino Unido é de que a cadeia produtiva do hidrogênio de baixo carbono gere 100 mil empregos até 2050. Para alcançar esse objetivo, é necessário treinamento, capacitação e conhecimento, diz o cônsul, que enxerga na cadeia produtiva uma oportunidade de “exportar o sol brasileiro ou o vento britânico para qualquer lugar do mundo”. ressaltando que “o mais importante é que ocorra uma transição para um mundo sem queimar carbono”.
*Com informações da Folha de Pernambuco.
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