Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a estimativa é de concluir os primeiros oito meses de 2023 com 80 milhões de toneladas de soja embarcadas. De janeiro até agosto deste ano, as exportações de soja no Brasil já superam o total embarcado em 2022.
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Giovani Ferreira, o diretor de Conteúdo do Canal Rural, afirma que se o país repetir o aproveitamento de remessas de setembro a dezembro do ano passado, vai fechar este ano com 94 milhões de toneladas de soja embarcadas.
“Considerando o potencial em uma safra que ultrapassa as 150 milhões de toneladas produzidas, podemos nos aproximar das 100 milhões de toneladas de soja embarcadas em 2023.”
Giovani Ferreira, o diretor de Conteúdo do Canal Rural
Enquanto isso, a produção de milho nesta temporada se aproxima de 110 milhões de toneladas com a possibilidade das exportações também alcançarem um novo recorde. Segundo Ferreira, os embarques do cereal entre janeiro e agosto, de 24 milhões de toneladas, já ultrapassam, integralmente, o ano de 2021, quando foram foram comercializadas para o exterior, 20,4 milhões de toneladas do grão.
“Há o potencial, bastante factível, de o Brasil romper a barreira de 50 milhões de toneladas de milho embarcadas em 2023 e, com isso, tornar-se, pelo menos momentaneamente, o maior exportador de soja e milho do mundo.”
Giovani Ferreira, o diretor de Conteúdo do Canal Rural
Projeções para produção de milho e soja
Um relatório publicado, na última terça-feira (29), pela hEDGEpoint Global Markets, empresa especializada em inteligência de mercado, finanças e produtos do setor, mostra um crescimento equilibrado na área junto de uma perspectiva de possível rendimento favorável. Dessa forma, a empresa projeta a produção de soja na safra 2023/24 em cerca de 163 milhões de toneladas.
A produção de milho tem projeções menos favoráveis por conta de fatores econômicos e um otimismo inferior em relação ao rendimento, com a produção com estimativa de 133 milhões de toneladas. “Este ano, temos custos mais baixos, porém preços também mais baixos. No entanto, os preços caíram mais do que os insumos e, portanto, as margens estão mais apertadas do que nos últimos três anos. Isso é verdade para ambos, mas as margens esperadas para o milho de inverno estão mais apertadas do que as da soja”, afirma o analista de Grãos e Oleaginosas da empresa, Pedro Schicchi.
*Com informações do Pensar Agro.
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