De acordo com dados do Monitor RGF de Recuperação Judicial, desenvolvido pela consultoria RGF & Associados, o Brasil registrou, de um total de 2,1 milhões de pequenas, médias e grandes empresas, 3.823 fecharam o primeiro semestre em recuperação judicial. As ações se centralizam, maioritariamente, nas regiões de São Paulo, Paraná, Alagoas e Maranhão.
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O segmento que possui a maior quantidade de processos é a de cana-de-açúcar. A cada mil companhias em atividade nesse setor, 38,6 estão em recuperação. Logo abaixo, estão as áreas de construção rodoviária e ferroviária, fabricação de calçados de couro, transporte coletivo e cultivo de soja.
O indicador usa uma base de dados do Ministério da Fazenda que publica, mês a mês, as empresas em atividade no país e com essas informações é possível visualizar as que estão passando pelo processo de recuperação, já que, por lei, as instituições são obrigadas a modificar a razão social quando estão nessa situação.
Atualizações das empresas
O Monitor da RGF, só será atualizado a cada três meses, assim, nas análises seguintes, existirá uma base de comparação, que será capaz de dizer se o número de processos que entraram e que ainda não foram encerrados se manterá estabilizado.
Em relação à quantidade de possíveis novos pedidos de recuperação, especialistas acreditam que a tendência é ascendente neste ano. O primeiro semestre foi concluído com o maior nível dos últimos três anos, de acordo com a Serasa Experian. 593 novos pedidos foram contabilizados entre janeiro e junho de 2023, um crescimento de 52% em relação ao mesmo período de 2022, quando foram registrados 390 solicitações.
Em 2023, a situação tem se dado bem diferente dos anos anteriores em contexto de pandemia. Em 2020, 2021 e 2022 a quantidade de pedidos de recuperação ficou menor do que a média histórica. Já no ano passado, foi apontado o menor índice dos últimos oito anos, com 833 empresas nesse quadro.
*Com informações do Valor Econômico.
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