Com um crescimento de 0,9% no segundo trimestre deste ano em relação aos três meses anteriores, o desempenho da economia do Brasil está de acordo com as expectativas de analistas do setor produtivo, que mantêm perspectivas positivas para os próximos meses. O Produto Interno Bruto (PIB), que representa a soma de todos os bens e serviços produzidos no país, registrou um aumento de 3,7% no primeiro semestre, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Fabio Bentes, economista integrante da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) atribuiu três fatores ao crescimento de 0,6% do setor de serviços, no trimestre: O primeiro fator é a resistência desse setor ao aperto monetário, de maneira oposta a indústria e ao comércio de bens duráveis, como automóveis.
O segundo fator é a demanda reprimida após a pandemia, especialmente no turismo, que continua a impulsionar a atividade. Enquanto o terceiro fator é a valorização do real em relação ao dólar, tornando a indústria e o comércio mais competitivos em termos de preços no mercado internacional.
A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), representante de 130 mil indústrias, entende que o resultado do PIB do segundo trimestre excedeu as expectativas.
“A gente projetava 2,6% de crescimento, que já era acima do consenso do mercado, que estava entre 2,1% e 2,3%. Já era otimista, mas, na verdade, não se tratava de otimismo, se tratava de dados. Se não tiver nenhuma surpresa negativa, devemos ter um crescimento de 3% em 2023.”
Igor Rocha, economista-chefe da Fiesp.
No setor agropecuário, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) esperava a queda de 0,9% devido à sazonalidade das safras. Renato Conchon, coordenador do Núcleo Econômico da CNA, explicou que o setor segue um padrão de crescimento em forma de “V”, com um bom primeiro semestre, quedas nos trimestres seguintes e recuperação no final do ano.
O coordenador ainda afirmou que a análise em relação ao mesmo trimestre do ano anterior mostra um crescimento de 17% e que a produção está se beneficiando de estímulos, como altos preços das commodities no mercado internacional.
*Com informações da Agência Brasil.
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