A biodiversidade, recentemente, se tornou tópico essencial para empresas, ao lado das metas de redução das emissões de gases de efeito estufa, como parte de seus compromissos ambientais, sociais e de governança (ESG). Em setembro, serão lançadas diretrizes globais com relação à biodiversidade, abrangendo bases de governança, estratégia, gestão de riscos, métricas e objetivos, a fim de incorporar a natureza nas decisões econômicas e de comércio.
A biodiversidade está se tornando tema de destaque em conferências em todo o mundo, com discussões que vão além das emissões de gases de efeito estufa, abrangendo a relação com a natureza em seu sentido mais amplo e seu impacto na sociedade. No Brasil, o Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) coordena o grupo que está envolvido neste esforço.
Essas orientações foram desenvolvidas pela Força-Tarefa para Divulgações Financeiras Relacionadas à Natureza (TNFD), uma iniciativa global apoiada por instituições financeiras, empresas e prestadores de serviços. A transformação ambiental pode ter um impacto positivo significativo nos negócios e no mercado financeiro, visto que mais da metade da produção econômica mundial depende da natureza.
Segundo levantamento do World Economic Forum, em 2020, aproximadamente de US$ 44 trilhões da produção econômica do mundo é dependente da natureza. Tendo isso em vista, a perda da biodiversidade representa uma ameaça significativa ao funcionamento dos negócios e do mercado financeiro.
“Já temos sinalizações de empresas no Brasil que querem entender o impacto da adoção desse framework em seu mercado e na sua estratégia individual.”
Patrícia Grossi, Coordenadora de Finanças Sustentáveis da Way Carbon.
A Coordenadora de Finanças Sustentáveis da Way Carbon, uma das empresas integrantes da iniciativa TNFD, alerta que as companhias dos setores do agronegócio, bebidas, alimentos e mineração precisam estar entre os primeiros a olhar para essas recomendações, em virtude da dependência de recursos naturais para sua produção.
*Com informações do InfoMoney.
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