A Arábia Saudita e a Rússia anunciaram que vão prolongar a decisão, em andamento desde julho, de diminuir a produção de petróleo. Inicialmente, o ajuste deveria terminar em setembro, mas agora foi estendido, pelo menos, até dezembro.
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A segunda maior produtora mundial de petróleo depois dos Estados Unidos, a Arábia Saudita, reduzirá sua oferta em 1 milhão de barris por dia pelos próximos três meses, enquanto a Rússia, a terceira maior exportadora, diminuirá a produção em 300 mil barris ao dia.
Os países não coordenaram o corte com a organização de países exportadores de petróleo (OPEP+), que juntos representam 40% da produção global de petróleo. Com esse movimento, ambos os países buscam elevar os preços do petróleo, que já vinham subindo desde junho, registrando um aumento de 20%.
A prorrogação da redução reaviva a preocupação de que a inflação no mundo persista por mais tempo do que o previsto, tendo em perspectiva que o aumento do preço do petróleo pode se refletir nos preços da gasolina nos postos de combustível. Com isso, a preocupação comum se debruça sobre a possibilidade das taxas de juros elevadas demorarem mais para diminuir e continuar impactando os investimentos de renda variável por mais tempo do que o planejado. O índice S&P evidenciou a visão negativa e encerrou o dia com uma queda de 0,42%.
Petrobras
No mercado brasileiro, as ações da PETR4 caíram 3,34%. O Ibovespa acompanhou o clima negativo dos mercados internacionais. Das 86 ações que compõem o índice, 72 encerram em queda. No entanto, ainda houve uma queda de 0,38%, considerando altas e baixas ao longo do dia.
Na Petrobras, a maior alta do dia PETR3 subiu 4,59%, enquanto a PETR4 teve, nas maiores subidas, uma alta de 3,34%. Essa redução da oferta no mundo de petróleo foi boa notícia para o caixa da companhia, que se beneficiou dos preços mais altos.
*Com informações da VoceSA.
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