A imprevisibilidade das condições climáticas extremas representa uma ameaça para a saúde das plantações de café. (Foto: Envato Elements)
Os futuros do café arábica, que chegaram a uma mínima de sete meses antes de agosto deste ano, estão em processo de recuperação desde do dia 30 do último mês. Esse processo é motivado por crescentes preocupações relacionadas ao fenômeno climático El Niño, que poderia resultar em condições meteorológicas adversas, incluindo temperaturas elevadas e chuvas irregulares, impactando Brasil e Colômbia, dois grandes produtores.
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De acordo com a meteorologista Nadiara Pereira, do Climatempo, o El Niño, que ocorre pela primeira vez em quase quatro anos, tem o potencial de elevar as temperaturas e reduzir a quantidade de chuvas nas próximas semanas no Brasil. Essa diminuição das chuvas também é motivo de preocupação para a Colômbia, que é a segunda maior produtora de café arábica.
A imprevisibilidade das condições climáticas extremas representa uma ameaça para a saúde das plantações de café nas principais regiões produtoras desses dois países. As chuvas desencadearam o florescimento das plantas de café no Brasil, como observou o analista Carlos Mera, do Rabobank.
No entanto, existe possibilidade de que a falta de chuvas contínuas possa comprometer esse florescimento, o que, por sua vez, teria impactos negativos na próxima safra, programada para começar em maio.
Os futuros de café arábica na bolsa de Nova York registraram uma queda acentuada entre abril e meados de agosto, devido a uma colheita abundante no Brasil e ao aumento das exportações. No entanto, no dia 30 de agosto, o preço do café subiu até 1,9%, atingindo a marca de US$ 1,5595 por libra-peso.
Além disso, o risco de temperaturas excessivamente altas relacionadas ao El Niño também pode afetar a produção brasileira de café robusta no próximo ano, como observou o analista Fernando Maximiliano, da StoneX.
A variedade de café robusta, também conhecida como conilon, que é utilizada na produção de café instantâneo, já está enfrentando escassez devido à redução das exportações do Vietnã e da Indonésia.
*Com informações do Bloomberg Línea.
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