Visando restabelecer laços com a China, líderes de alto escalão da Petrobras participaram de uma comissão estratégica que foi ao país entre os dias 25 de agosto e 1º de setembro. Esta missão representou a primeira iniciativa da estatal durante o terceiro governo de Lula. A comitiva incluiu o presidente da companhia, Jean Paul Prates, o diretor de transição energética, Maurício Tolmasquim, e o diretor financeiro e de relacionamento com investidores, Sergio Caetano Leite.
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A ação simboliza um novo capítulo nas relações com a China, após um período de distanciamento nos anos anteriores. Em 2019, durante o governo de Jair Bolsonaro, a Petrobras havia encerrado suas operações no escritório que mantinha na China, optando por concentrar sua presença na Ásia exclusivamente por meio do escritório em Singapura.
O fechamento da unidade chinesa integrava um processo de otimização da presença internacional da Petrobras, que também envolveu o encerramento de escritórios em locais como México, Irã, Turquia e Nova York.
Durante a visita, os executivos da Petrobras estabeleceram memorandos de entendimento com bancos e empresas do setor de energia e petróleo na China.
“A China será um parceiro decisivo na estratégia da Petrobras para retomar presença global. Enxergamos o mercado chinês como prioritário nesse processo. Vamos buscar oportunidades e trabalhar em parceria com empresas chinesas e de outros países.”
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
A petroleira procurou auxílio visando concretizar seus planos de expansão de investimentos, com foco especial em fontes de energia renovável e na transição energética, áreas em que a empresa pretende aumentar sua participação.
A empresa firmou acordos de entendimento com o China Development Bank (CDB) e o Bank of China, com o objetivo de avaliar oportunidades de investimento e colaboração em iniciativas de baixo carbono e finanças verdes. Além disso, esses acordos têm como propósito melhorar a capacidade de financiamento de fornecedores da Petrobras e promover o comércio com empresas chinesas.
Além disso, os memorandos assinados com a China Energy, SINOPEC, CNOOC e Citic Construction têm como finalidade a exploração de oportunidades de negócios conjuntos em áreas como exploração e produção de petróleo e gás, transição energética, refino, petroquímica, hidrogênio, fertilizantes, amônia e captura de carbono.
Também fez parte da visita técnica uma reunião entre representantes da Petrobras e o New Development Bank (NDB) em Xangai, onde foram discutidas iniciativas nos setores de biorrefino, biocombustíveis, hidrogênio verde e geração de energia eólica e solar.
*Com informações do epbr.
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