A produção na área da indústria nacional registrou, entre junho e julho, um recuo de 0,6%, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, conduzida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O declínio foi observado em quatorze das 15 localidades analisadas.
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Se comparado a julho de 2022, a indústria apresentou uma redução de 1,1%, afetando onze de 18 locais que foram pesquisados. Além disso, no total de 12 meses, houve uma variação nula (0,0%), com nove dos 15 locais analisados apresentando resultados desfavoráveis.
Bernardo Almeida, analista da pesquisa, destacou que a indústria nacional vem perdendo ritmo desde março, quando registrou um crescimento de 1,1%.
“Isso pode ser explicado pela conjuntura atual, pela taxa de juros que ainda se encontra em um patamar elevado, o que pressiona a linha de crédito disponível para o investimento. Isso recai diretamente sobre a cadeia produtiva, sobre as tomadas de decisões por parte dos produtores, já que o investimento se torna mais caro. Isso vale também para os resultados regionais, com um cenário disseminado de resultados negativos em 14 dos 15 locais pesquisados.”
Bernardo Almeida, analista da pesquisa.
Na perspectiva regional, o estado do Ceará apresentou o único resultado positivo do mês, com um aumento de 1,2%, o que compensa a queda de 6,0% observada no mês anterior. Os segmentos de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados, metalurgia e produtos de metal foram os principais impulsionadores do desempenho positivo da indústria cearense.
Por outro lado, a maior redução ocorreu no estado do Amazonas (-8,8%), que também teve o maior impacto no desempenho nacional. Essa foi a diminuição mais drástica registrada no estado desde abril de 2023, quando apresentou uma taxa de -14,7%.
A segunda maior queda (-6,0%) e o segundo maior impacto negativo foram observados na Bahia. “Os segmentos de alimentos, metalurgia e produtos químicos foram os principais contribuintes para esse resultado negativo na indústria baiana. Essa foi a maior queda na Bahia desde outubro do ano passado, quando registrou uma redução de 9,5%“, destaca o Almeida.
*Com informações da Eu Quero investir.
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