O governo planeja lançar títulos verdes com o objetivo de arrecadar US$ 2 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 10 bilhões na atual taxa de câmbio, na Bolsa de Nova York. O montante ainda não foi definitivamente determinado, pois a decisão final depende do Tesouro Nacional e do interesse que despertará entre investidores estrangeiros. A ideia para esses recursos é financiar projetos de caráter ambientalmente sustentável.
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Fernando Haddad, ministro da Fazenda, encontra-se em Nova York acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que participa da 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas.
Durante sua estada nos Estados Unidos, Lula e alguns de seus ministros têm se reunido com empresários e autoridades norte-americanas. O governo brasileiro busca atrair investimentos estrangeiros para projetos de sustentabilidade ambiental. Haddad relatou que concluiu um “road show” com 36 eventos diferentes.
De acordo com o ministro, já ocorreram encontros com mais de 60 fundos de investimento, e a receptividade tem sido excelente. Isso se deve, em grande parte, ao fato de que esses recursos serão destinados exclusivamente a projetos sustentáveis, com taxas de juros mais atrativas em comparação com as atuais.
Sobre o valor estimado de R$ 10 bilhões dos títulos verdes, segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, Haddad afirmou que este é somente o início de um processo.
“Estamos em período de silêncio agora. Portanto, o Tesouro vai julgar a conveniência do quanto [valor] e do quando colocar esses títulos. Mas eu queria dizer que esse é um recurso inicial, muito pequeno, porque o Brasil tem condição de captar muitos recursos no exterior, uma vez que temos a melhor matriz energética do mundo. É uma das mais limpas do mundo. Temos condição de dobrar a produção de energia limpa num prazo inferior a 10 anos, sendo que especialistas dizem que isso pode ser feito em 5 anos.”
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
Haddad acrescentou que a energia limpa produzida vai poder ser exportada na forma de hidrogênio verde, mas a prioridade será o uso interno, apoiando a indústria na agregação de valor às matérias-primas e promovendo a neoindustrialização do país.
“Estamos começando a discutir a industrialização do Brasil com base nessa matriz. Entendemos que não devemos nos limitar a ser exportadores de energia limpa, como deseja o mundo. O Brasil produzirá e exportará energia limpa, mas a maior parte dela será usada internamente para a fabricação de produtos sustentáveis. Esse é o nosso objetivo final.”
Fernando Haddad, ministro da Fazenda
*Com informações da Agência Brasil.
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