A presença de condições favoráveis de vento em áreas de águas rasas onde já estão instaladas plataformas de petróleo é um benefício adicional para os projetos de energia eólica offshore no Nordeste, de acordo com Daniel Faro, gerente de geração renovável da Petrobras.
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A empresa anunciou a submissão de pedidos de licenciamento ambiental ao Ibama para um total de dez projetos, dos quais sete estão localizados no Nordeste, dois no Sudeste e um no Sul. A estatal pretende iniciar estudos sobre as condições de vento em seis dessas áreas dentro de um prazo de um ano.
Em participação no Congresso Ecoenergy, em São Paulo, Faro destacou que a escolha das áreas para realização dos estudos foi criteriosa, e a competição efetiva entre os projetos só acontecerá após a realização de um leilão. O gerente explicou que a Petrobras considerou a sinergia com os ativos já existentes da empresa na seleção desses locais, visando simplificar o início das medições e reduzir os custos envolvidos.
O representante da Petrobras ainda afirmou que a presença de plataformas em águas rasas no Nordeste, programadas para serem desativadas nos próximos anos, representa uma importante contribuição para a região no desenvolvimento da indústria de energia eólica offshore.
“Essa região tem campos maduros que vão parar de produzir nos próximos anos. Estamos usando essas plataformas para fazer a medição dos ventos”
Daniel Faro, gerente de geração renovável da Petrobras
Limitações no Sudeste
Outros fatores considerados na seleção dos projetos incluíram possíveis restrições, como o tráfego de embarcações e a presença de áreas de preservação ambiental na costa.
No caso da região Sudeste, um aspecto que influenciou negativamente a escolha dos projetos foi o fato de que a maioria das plataformas existentes em águas rasas se encontra além do limite de 50 metros de profundidade.
Além disso, no estado do Rio de Janeiro, onde as plataformas da Petrobras estão localizadas em áreas com algumas das melhores condições de vento, existe proximidade com a Região dos Lagos, o que poderia resultar em conflitos com o tráfego de embarcações e as atividades turísticas.
*Com informações da epbr.
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