De acordo com uma pesquisa conduzida pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em janeiro de 2023, menos da metade das indústrias brasileiras têm projetos ou planos formais de ecoinovação. Os dados revelam que apenas 30% delas estão atualmente executando projetos, enquanto outras 17% têm projetos aprovados para início. Além disso, 28% das empresas estão realizando estudos iniciais sobre o tema, e 19% não estão implementando nenhuma ação de ecoinovação no momento.
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Movimentos ambientalistas, no passado, enfatizavam que as empresas precisavam agir em relação às mudanças climáticas para garantir um futuro sustentável na terra, mas agora a própria indústria corre riscos de sobrevivência se não encontrar maneiras de reduzir suas emissões de gases de efeito estufa, consumo de água e geração de resíduos.
Ecoinovação: tendência global
De acordo com a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), a ecoinovação refere-se ao desenvolvimento ou melhoria de ferramentas que resultam na redução do impacto ambiental, seja esse efeito intencional ou não.
“Inovação verde” e “inovação ambiental” são termos frequentemente usados com o mesmo propósito, abrangendo tanto inovações tecnológicas, como novos produtos ou processos produtivos, quanto não tecnológicas, como métodos de marketing, mudanças organizacionais ou institucionais.
Investir nesse modelo de inovação não é apenas uma medida para combater as mudanças climáticas, mas também uma oportunidade para agregar valor aos produtos e aumentar a competitividade global. Dados sobre o comércio internacional mostram que em 2018, mais de 50% do valor das exportações mundiais estava relacionado a produtos com inovações ambientais recentes, indicando um crescimento contínuo.
Ao analisar a origem desses produtos, é analisada uma relação positiva entre o PIB per capita dos países e os indicadores de competitividade ambiental. Quanto maior a parcela de exportações com ecoinovações, maior tende a ser o desenvolvimento econômico.
Essa conexão pode ser explicada pelo fato de que uma produção intensiva em conhecimento na estrutura econômica torna as economias mais complexas e valiosas. Investir em ecoinovação cria um ciclo virtuoso, gerando mais riqueza e possibilitando um maior investimento em pesquisa e desenvolvimento.
*Com informações da Veja Mercado.
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