O Porto de Sines, em Portugal, inaugurou uma nova rota direta para o porto do Pecém, no Ceará, reduzindo a distância entre continentes em até 22 dias. Este desenvolvimento visa um papel crucial no mercado do hidrogênio verde (H2V) brasileiro e no acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul.
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Em Fortaleza, Rui Almeida, cônsul de Portugal destacou a importância desta linha marítima que liga diretamente Sines e o nordeste do país, que elimina escalas intermediárias, acelerando o transporte de mercadorias. Devido à localização geográfica estratégica de Sines, o porto europeu mais próximo da América do Sul, e Fortaleza, a cidade brasileira mais próxima de Portugal e da Europa. Com isso, a rota promete impulsionar o comércio.
O diretor comercial do Complexo do Pecém, André Magalhães, explicou que essa rota, atualmente em fase de teste, acontece uma vez por semana, trazendo carga diretamente de Sines para o porto cearense, atendendo às necessidades do nordeste do Brasil, especialmente do Ceará. Após a descarga em Pecém, as mercadorias seguem para Santos, o maior complexo portuário da América Latina.
Esta rota, não apenas conecta o Brasil à Europa, também cria uma ligação mais estreita com todo o continente asiático. Além disso, o Complexo do Pecém tem planos de se tornar uma plataforma para a exportação de hidrogênio verde, contribuindo para as metas energéticas do governo brasileiro e reduzindo a dependência de outras fontes de energia.
A conexão Sines e Pecém oferece oportunidades, não apenas para o comércio, mas também para o desenvolvimento da indústria de hidrogênio verde. Além disso, ela pode ser uma peça importante no acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, que está em processo de conclusão.
No entanto, para Rui Almeida, são necessários investimentos em infraestrutura ferroviária para garantir que essa conexão atinja todo o seu potencial. Os portos desempenham um papel fundamental na facilitação do comércio, permitindo que o agronegócio brasileiro alcance a Europa de forma eficiente e econômica.
O Brasil, atualmente presidindo o Mercosul, está trabalhando para atender às novas exigências europeias e finalizar o acordo comercial que 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população do mundo.
*Com informações Eco Sapo Portugal.
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