Até 2030, a economia criativa no Brasil tem o potencial de gerar um milhão de novos empregos, segundo estimativas do Observatório Nacional da Indústria (ONI). Visando a promoção do desenvolvimento desse setor por meio de um acesso mais inclusivo aos recursos da Lei Rouanet, o Serviço Social da Indústria (SESI) e o Ministério da Cultura (MinC) firmaram um protocolo de intenções na última segunda-feira (16). O acordo, com uma validade inicial de 36 meses e possibilidade de extensão, visa capacitar agentes culturais em todo o país.
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O propósito principal é fornecer competências técnicas para a concepção, inscrição, execução e prestação de contas de projetos culturais no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), mais conhecido como Lei Rouanet, focando na região Norte do país. A primeira fase desse programa terá início já em novembro, com a realização de sete encontros nos estados da região.
Essa parceria representa um marco na melhoria da gestão cultural no Brasil. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, enfatiza que “a capacitação de profissionais de todas as regiões do Brasil, sejam de cidades pequenas ou grandes, fortalece a cultura nacional. A parceria entre o MinC e o SESI tem o potencial de capacitar milhares de agentes, especialmente pequenos agentes. Isso contribuirá para o acesso da população às diversas manifestações culturais“.
O diretor-superintendente do SESI, Rafael Lucchesi, acredita que a atuação da instituição vai exercer um importante papel na capacitação de agentes culturais em todo o país, com uma abordagem mais contemporânea.
“Essa é a dinâmica das transformações e das trajetórias tecnológicas. A economia criativa é uma nova indústria e um elemento chave para a construção do futuro, e que vai desenhar a estrutura econômica do futuro muito mais que outros setores industriais.”
Rafael Lucchesi, diretor-superintendente do SESI
A parceria
O MinC será encarregado de conceder acesso ao Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic) para atividades de capacitação. Um profissional da Diretoria de Fomento Indireto (DFIND) será designado como facilitador em oficinas, conforme informado por um representante do Ministério da Cultura.
O SESI, por sua vez, vai disponibilizar equipamentos de informática, infraestrutura física e profissionais para atuarem como facilitadores em oficinas. Também terá a responsabilidade de coordenar as ações necessárias com suas unidades regionais para a realização das oficinas.
Economia criativa no mercado nacional
A economia criativa, que abrange profissionais como designers, arquitetos e cineastas, atualmente, contribui com 3,11% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e emprega 7,4 milhões de pessoas em todo o país, de acordo com os dados mais recentes da PNAD contínua referentes ao 4º trimestre de 2022. Projeções indicam que até 2030, o número de trabalhadores nesse campo deve aumentar para 8,4 milhões.
Segundo dados do Observatório Nacional da Indústria (ONI), a expectativa é de que, nos próximos anos, um em cada quatro novos empregos criados esteja relacionado a setores e ocupações da economia criativa. Especificamente no campo criativo, prevê-se um crescimento de 13,5% até 2030, em comparação com o aumento de 4,2% em outros setores.
*Com informações da Agência de notícias da Indústria.
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