A Petrobras anunciou um novo ajuste nos preços dos combustíveis. A partir do próximo sábado (21), a empresa promoverá um aumento de 6,58% no preço médio de venda do diesel para as distribuidoras, ao mesmo tempo em que reduzirá o preço da gasolina em 4,1%. Essas medidas marcam os primeiros reajustes em cerca de dois meses.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
Conforme detalhado pela petroleira, o preço médio do diesel A nas distribuidoras será ajustado para um valor de 4,05 reais por litro, refletindo um acréscimo de 0,25 real por litro. Por outro lado, o valor médio da gasolina A será reduzido em 0,12 real por litro, fixando-se em 2,81 reais.
“Neste momento, os fundamentos dos mercados externo e interno, assim como os parâmetros da estratégia comercial da Petrobras que busca a prática de preços competitivos por produto e local resultaram em movimentos distintos para cada produto.”
Petrobras em comunicado em seu site.
A empresa afirmou que o final do período sazonal de alta demanda global por gasolina resulta em maior disponibilidade e desvalorização do produto em comparação com o petróleo. Em contrapartida, o diesel mantém uma demanda global sustentada, com expectativa de aumento sazonal, o que leva à valorização em relação à commodity.
A Petrobras, estando no limite da otimização operacional, incluindo realização de importações complementares, precisa efetuar esse ajuste para se reequilibrar com o mercado e os valores marginais, segundo a empresa.
No início do mês, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, afirmou que a empresa estava considerando a possibilidade de um novo ajuste nos preços do diesel e da gasolina antes do final do ano. A última alteração nos preços ocorreu em meados de agosto, com um aumento de 25,8% no diesel e 16,3% na gasolina em média para as distribuidoras.
Reajuste da Petrobras: visão dos especialistas
De acordo com Smyllei Curcio, responsável pela área de petróleo, gás e renováveis da StoneX, o reajuste do diesel foi alinhado com a metodologia utilizada pela consultoria, embora o momento não fosse muito previsível. Em relação à gasolina, ele afirmou que o valor estava próximo do praticado no mercado internacional.
Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, destacou que, após os reajustes, o preço da gasolina precisaria subir 0,30 real e o diesel 0,35 real para se equiparar aos níveis internacionais.
O repasse dos reajustes de preços da Petrobras aos consumidores nos postos não é imediato e depende de diversos fatores, incluindo margens de distribuição e revenda, adição de biocombustíveis e impostos. No acumulado do ano, os preços de venda de diesel para as distribuidoras registraram uma redução de 0,44 real por litro, enquanto a gasolina teve uma queda de 0,27 real por litro, conforme informações da Petrobras.
*Com informações da Época Negócios.
Saiba mais:
Petrobras: Nordeste tem vantagens para competir na geração eólica offshore
Gás natural do pré-sal da Petrobras tem recorde de processamento