De acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Brasil subiu cinco posições no Índice Global de Inovação (IGI) em comparação a 2022, agora ocupando a 49ª posição entre 132 países. Após 12 anos fora do grupo das 50 economias mais bem classificadas no IGI, o país lidera o ranking da América Latina e Caribe, ultrapassando o Chile pela primeira vez (52ª).
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Os dados foram divulgados no final de setembro pela CNI e a Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), que são parceiras na produção e divulgação do estudo desde 2017.
Embora seja uma notícia positiva, a CNI expressa algumas ressalvas. Gianna Sagazio, diretora de Inovação da CNI, observa que o Brasil avançou posições nos últimos três anos, mas como a 10ª maior economia do mundo, estar entre os 50 países mais inovadores não parece suficiente. Ela acredita que o Brasil deveria almejar estar entre os 20 países mais inovadores do mundo.
Atualmente, o Brasil investe apenas 1,17% do PIB em pesquisa e desenvolvimento (P&D), enquanto os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) investem em média 2% do PIB, chegando a mais de 4% no caso da Coreia do Sul e 5% em Israel. A CNI argumenta que o Brasil precisa investir pelo menos 3% do PIB em inovação para aumentar sua competitividade.
Alternativa para inovação nacional
Para avançar nessa direção, a entidade sugere a implementação de uma estratégia nacional de ciência e tecnologia a longo prazo e políticas públicas que se integrem às políticas industriais. O principal ponto defendido é o aprimoramento da Lei do Bem, que oferece incentivos fiscais à inovação, permitindo que mais empresas possam se beneficiar dessas medidas.
Alguns dos aperfeiçoamentos propostos pela CNI ao PL 2838/20 incluem a dedução de investimentos em fundos voltados para startups e empresas de base tecnológica; a dedução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação contratados diretamente pelas empresas em colaboração com universidades e instituições de pesquisa,
Além do fortalecimento das parcerias entre Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs) e empresas, também propõe uma maior liberdade nas negociações sobre direitos, transferência de tecnologia e propriedade intelectual, e a expansão das possibilidades de dedução para a contratação de pesquisadores, incluindo aqueles que não residem no país.
*Com informações da Época Negócios.