O FIEC Summit 2023, um dos eventos internacionais mais relevantes no campo das energias renováveis, começou nesta quarta-feira (25), no Centro de Eventos do Ceará. Esta segunda edição, que se estende até a quinta-feira (26), reúne representantes do setor produtivo, acadêmico, autoridades governamentais e a sociedade em geral para discutir o tema do Hidrogênio Verde (H2V), uma inovadora fonte de energia que tem ganhado atenção de todo o mundo. O evento é organizado pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC) em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI).
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Atualmente o mercado brasileiro debate sobre a incursão do país no mercado internacional de produção e exportação de Hidrogênio Verde. No contexto das energias renováveis, a região Nordeste se destaca, já sendo reconhecida como a mais propícia do país para a geração de energia eólica e solar.
O Ceará se apresenta como um importante player no cenário do Hidrogênio Verde, graças à sua localização estratégica e à integração com portos como Roterdã, na Alemanha, o que simplifica significativamente a logística de exportação.
Ricardo Cavalcante, presidente da FIEC, durante a solenidade de abertura, falou sobre o futuro e as perspectivas positivas em relação ao potencial brasileiro na corrida global pela transição energética. De acordo com o Relatório de Inteligência Hidrogênio Verde e a América Latina, publicado pela organização Líderes Mundiais de Hidrogênio, o Brasil deve ser um dos principais exportadores do combustível verde no mundo.
“O paı́s tem um potencial abundante em energia limpa para desenvolver uma indústria de hidrogênio com baixo teor de carbono, e a preços bastante competitivos, o que é crucial para uma economia sustentável, especialmente em setores difíceis de descarbonizar. Nesse contexto, o Porto do Pecém se destaca como uma das áreas mais atraentes para a produção de hidrogênio verde”
Ricardo Cavalcante, presidente da FIEC
Salmito Filho, Secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, em coletiva após a cerimônia de abertura, ressaltou o compromisso estratégico do governo com a geração de energias renováveis, entendendo que esse é um vetor energético para a industrialização e a reindustrialização do Ceará, do Nordeste, do Brasil.
“Hoje, passos concretos foram dados nessa governança, que é o licenciamento da área do Setor 2 da ZPE (Free Trade Zone com infraestrutura moderna e logística integrada ao Porto do Pecém). São mais de mil hectares, licenciados exclusivamente para o hub de Hidrogênio Verde.“
Salmito Filho, Secretário de Desenvolvimento Econômico
O futuro do estado é o Hidrogênio Verde
Luis Viga, Presidente do Conselho da Associação Brasileira da Indústria de Hidrogênio Verde (ABHIV) e Gerente Nacional da Fortescue Brasil, Primeira empresa a assinar um pré-contrato para a instalação de uma usina de hidrogênio verde no Complexo do Pecém, afirmou que o Ceará é um exemplo para o mercado global, elogiando a coesão do poder público além de políticas públicas visando esse setor.
Além disso, destacou que a indústria de renováveis tem o potencial de investimentos, nos próximos 20 anos, de R$ 1 trilhão. Ademais, Viga aponta que o Brasil pode crescer ainda mais tomando a dianteira nos mercados de fertilizantes verdes e aço verde, que possuem produção no Ceará.
“Eu acredito que nos próximos anos, tendo uma política pública que está sendo trabalhada, uma política de segurança jurídica, taxonomia e incentivos, no início precisa de incentivos concretos e objetivos, você pode já tirar bilhões de reais de papel. E isso, as bilhões de reais se transformam em renda, tanto para o trabalhador, para o pedreiro, para o ajudante, para o soldador, para a pessoa que opera a máquina, como também para toda a sociedade em geral, através de recolhimento de impostos.”
Luis Viga, Presidente do ABHIV
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