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Dividendos apresentam queda de 31% com Petrobras e Vale liderando o declínio

dividendos tem queda

Os pagamentos de dividendos recordes do começo de 2023 trouxeram uma perspectiva otimista para o mercado, no entanto o ímpeto se dissipou à medida que as empresas reduziram o volume de repasse aos acionistas para preservar seus recursos.


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Até outubro, houve uma queda significativa de 31% no volume total em comparação com o mesmo período de 2022, representando uma diferença de R$ 78,2 bilhões, de acordo com os dados da plataforma Meu Dividendo.

A redução nos pagamentos da Vale e da Petrobras teve um impacto substancial na diminuição do volume total. Em 2022, essas duas empresas representavam 57% do total de dividendos distribuídos, em comparação com 41% em 2021. No entanto, em 2023, sua participação caiu para 38% do total distribuído até outubro.

Por outro lado, alguns setores, como bancos, seguradoras e siderúrgicas, aumentaram os pagamentos aos acionistas neste ano. Os bancos aumentaram seus pagamentos em 23,7%, as seguradoras em 60,3% e as siderúrgicas em 11%.

Wendell Finotti, CEO da plataforma Meu Dividendo, que lida com antecipação de proventos, destacou que fatores políticos e econômicos, tanto no Brasil quanto no exterior, levaram as empresas a adotar uma postura mais cautelosa, o que afetou a distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas.

Até outubro, um total de R$ 175,9 bilhões foram distribuídos aos acionistas na forma de dividendos e JCP. Em outubro do ano passado, o volume correspondente era de R$ 254,1 bilhões.

Alternativas a queda nos dividendos

A nível nacional, as mudanças no governo e a reforma tributária foram citadas, por Finotti, como fatores de influência, enquanto no cenário global, a crise econômica global e conflitos em andamento na Europa e no Oriente Médio tiveram impacto.

Mesmo nos casos de anúncios de pagamentos, a estratégia de segurar o dinheiro pelo maior tempo possível continua a ser observada. Segundo a pesquisa da Meu Dividendo, os prazos entre o anúncio do provento e o pagamento efetivo se estenderam neste ano, atingindo até seis anos em outubro, com uma média anual de 67 dias, acima dos 55 de 2022 e dos 63 de 2021. Somente em 2020, essa média anual foi maior, com 73 dias.

Visando compensar os acionistas em meio aos desafios fiscais mais relevantes deste ano, as empresas estão priorizando a distribuição de Juros sobre Capital Próprio (JCP). Mesmo empresas que tradicionalmente se destacavam por pagar dividendos mais generosos, como as estatais, estão adotando uma abordagem mais equilibrada na distribuição de proventos.

*Com informações do InfoMoney.

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