O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, na última semana, em um encontro com jornalistas, que dificilmente o governo alcançará a meta fiscal que visa zerar o déficit público em 2024. A alta probabilidade de alteração na meta, além da decepção no Ministério da Fazenda, gerou preocupação no mercado financeiro.
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A declaração do mandatário não foi bem recebida pelo mercado, que passou a projetar um aumento no risco fiscal associado ao governo. O Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tentou acalmar as preocupações, mas sem êxito.
Quando questionado pelos jornalistas sobre a meta fixada no arcabouço fiscal, que visa eliminar o déficit público já em 2024, Haddad afirmou: “A minha meta está estabelecida. Para o Ministério da Fazenda nós vamos levar medidas para que os objetivos do governo sejam alcançados“.
Agora, o governo está debatendo a possibilidade de alterar a meta fiscal de 2024 para um déficit de 0,25% ou 0,5% do PIB, conforme informações do O Globo.
A Junta de Execução Orçamentária (JEO), composta pelos ministros Fernando Haddad (Fazenda), Rui Costa (Casa Civil), Simone Tebet (Planejamento e Orçamento) e Esther Dweck (Gestão), deve se reunir na próxima semana para determinar o momento e o valor da alteração da meta fiscal.
Além disso, uma pesquisa realizada pela BGC Liquidez, envolvendo 64 instituições financeiras, revela que a maioria dos analistas espera uma mudança na meta fiscal, com 45,45% acreditando que a alteração ocorrerá ainda em 2023 e 47,27% no próximo ano.
Futuro econômico além da meta fiscal
Hoje, ocorre a segunda fase da reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária (Copom), que tem como objetivo determinar o destino da taxa Selic.
Nesta etapa, serão tomadas as decisões relacionadas às políticas monetárias, enquanto as análises técnicas de conjuntura foram apresentadas durante a reunião que ocorreu na última terça-feira (31)..
A previsão do mercado é que o Banco Central opte por continuar reduzindo a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual. Dessa forma, a Selic passaria de 12,75% para 12,25% ao ano.
*Com informações do Money Times.
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