Segundo a Agência Internacional de Energia (IEA), os projetos de hidrogênio de baixo carbono na América Latina e Caribe têm o potencial de elevar a capacidade de produção da região para 3,5 milhões de toneladas até 2030, com destaque para a rota da eletrólise com energias renováveis.
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Segundo a agência, se todos os projetos conceituais se concretizarem, esse volume pode atingir 6 milhões de toneladas, representando 15% dos empreendimentos globais anunciados.
Onze países da região, incluindo Argentina, Bolívia, Brasil, Chile e Colômbia, estão elaborando estratégias para o esse área, impulsionados pela abundância de recursos renováveis. A ALC pode emergir como uma grande exportadora de combustíveis à base de hidrogênio, mas é crucial viabilizar sua aplicação localmente para impulsionar as indústrias nacionais.
Embora a região possua recursos renováveis em abundância, é necessário encontrar soluções para tornar o uso do hidrogênio uma realidade local, promovendo simultaneamente o desenvolvimento industrial nacional.
A IEA prevê que o hidrogênio na América Latina será predominantemente utilizado em aplicações tradicionais, como indústria química e refino. O desenvolvimento de ferro de baixo carbono e amônia com baixas emissões, aliados a custos competitivos, pode potencializar a reindustrialização e atrair investimento estrangeiro.
O levantamento do think tank de energia alemão, Agora Energiewende, sugere que investir em hidrogênio incorporado na forma de ferro e aço verdes, especialmente em países com potencial de produção de hidrogênio verde barato, como o Brasil, pode aumentar em 18% o valor das exportações e em 16% o mercado de trabalho local até 2050.
Este posicionamento estratégico poderia impulsionar não apenas a transição para energias mais limpas, mas também o crescimento econômico sustentável na região.
*Com informações da Agência epbr.
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