De acordo com o estudo CEO Outlook Pulse da EY, 52% dos CEOs estão priorizando investimentos em iniciativas ESG (sigla em inglês para sustentabilidade ambiental, social e de governança corporativa). A pesquisa, realizada a partir de entrevistas com 50 CEOs no Brasil, identifica que para 16% desses líderes, as iniciativas de sustentabilidade são peça fundamental na estratégia de alocação de capital, com recursos substanciais sendo dedicados a elas.
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No cenário apresentado, 36% consideram as iniciativas de sustentabilidade como uma prioridade, inserindo uma parcela significativa de investimentos para seu financiamento. Outros 34% afirmam que a alocação de capital para essas iniciativas está no mesmo patamar de outras prioridades de negócio.
Apenas 14% indicam que, embora considerem as iniciativas de sustentabilidade nos investimentos, elas não recebem peso significativo. Este estudo faz parte de uma pesquisa global que entrevistou mais de 1,2 mil CEOs de organizações com receita superior a US$ 1 bilhão no último ano fiscal.
A pesquisa ainda destaca a importância crescente do investimento em políticas e programas ESG, uma vez que os investidores passaram a incluir essas ações em suas prioridades para alocação de capital. Empresas ao redor do mundo têm se mobilizado para implementar iniciativas diversas, abrangendo desde a redução das emissões de carbono até o estímulo à diversidade na força de trabalho, demonstrando a necessidade de integração dessas práticas na estratégia corporativa.
Além disso, o estudo revela que oito em cada dez investidores acreditam que as empresas devem realizar investimentos abordando questões ESG relevantes, mesmo que isso impacte seus lucros no curto prazo, conforme indicado por uma pesquisa anterior da EY, envolvendo mais de mil CFOs e 320 investidores institucionais.
ESG: interesse x desconfiança
CEOs têm em perspectiva ampliar os investimentos em sustentabilidade, especialmente em questões ambientais e sociais, vendo essa estratégia centrada em ESG como fundamental para fortalecer suas organizações em um ambiente econômico mundial desafiador.
Apesar desses esforços, as empresas enfrentam desafios na padronização de divulgações ESG, buscando torná-las confiáveis aos olhos dos investidores. O estudo Global Reporting and Institutional Investor, também da EY, destaca a insatisfação, com 76% dos investidores considerando que as empresas são seletivas na escolha das informações sobre ESG que compartilham, levantando preocupações sobre greenwashing, a prática de divulgação falsa ou imprecisa de iniciativas de sustentabilidade por parte das empresas.
Com informações da TI Inside.
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