Os números apresentados pelo Banco Central e pelo Tesouro Nacional referentes aos gastos governamentais de setembro geraram controvérsias recentemente, devido à disparidade entre os levantamentos. Enquanto um indica superávit, o outro registra déficit público.
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No final de outubro, a Secretaria do Tesouro Nacional anunciou um superávit primário de R$ 11,5 bilhões para o governo central, marcando o melhor resultado desde 2010. O desempenho positivo foi impulsionado pelas receitas não administradas, totalizando R$ 13 bilhões, e pela arrecadação líquida para o Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que alcançou R$ 2,4 bilhões.
Contrastando com esses dados, o Banco Central divulgou nesta semana um déficit nas contas públicas de R$ 18,071 bilhões, surpreendendo o mercado que projetava um saldo positivo de R$ 4,26 bilhões.
A discrepância de R$ 28,1 bilhões entre os resultados é atribuída à metodologia diferente que é utilizada pelo Tesouro Nacional e pelo Banco Central para calcular receitas e despesas governamentais. O Tesouro incorpora os R$ 26 bilhões não reclamados do PIS/Pasep há mais de 20 anos como receita primária, enquanto o Banco Central considera esse valor como um ajuste patrimonial.
Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos, destaca que o resultado ficou significativamente aquém da mediana do mercado, que previa um superávit de R$ 11,2 bilhões.
“No final das contas, o amplo desvio em favor do déficit não deve assustar aos agentes, visto que se tratou apenas de um alinhamento metodológico entre Tesouro e BC que gerou missleading aos agentes do mercado. O resultado do Governo Central em 2023, segundo nossa perspectiva, segue em -R$ 100 bi.”
Étore Sanchez, economista-chefe da Ativa Investimentos
*Com informações do Money Times.
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