A perspectiva para o mercado da gasolina, em 2024, é semelhante ao cenário observado na segunda metade de 2023, em que o aumento no consumo de etanol hidratado limita o crescimento da demanda pelo combustível.
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De acordo com a StoneX Consultoria, o combustível fóssil enfrentará um aumento na alíquota do ICMS, passando de R$ 1,22/L para R$ 1,3721/L a partir de fevereiro de 2024, representando um acréscimo de cerca de R$ 0,15/litro. Com o aumento no preço da gasolina, a paridade do etanol nos postos tende a diminuir, incentivando a preferência pelo biocombustível.
Segundo a análise da consultoria em seu relatório sobre o Ciclo Otto, essa tendência deve ganhar força no próximo ano, especialmente durante o pico da safra da temporada sucroenergética 2024/25 (abr-mar) no Centro-Sul, o que resultará em um aumento na oferta de etanol hidratado no mercado nacional.
O ano do etanol
Para a StoneX, o início do ano próximo ano apresenta um cenário tributário mais favorável ao etanol em comparação com 2023. No ano anterior, houve isenção de impostos federais para gasolina, vigente até março de 2023, e limitação do ICMS de combustíveis entre 17% e 18% até junho de 2023.
Ainda que haja uma perspectiva de ganho de participação do álcool hidratado em relação à gasolina, a demanda pelo conjunto do Ciclo Otto deve permanecer elevada, resultando em uma relativa estabilidade no consumo do combustível fóssil no próximo ano.
Com isso, a projeção para a demanda de gasolina C em 2024 é de 46,34 milhões de m³, praticamente inalterada em comparação com 2023 (+0,3%). Ademais, o consumo de etanol hidratado deve aumentar de 16,1 milhões para 17,4 milhões de m³, um crescimento de 8,07), impulsionado por uma maior demanda no Centro-Sul, com destaque para São Paulo, e um aumento na moagem.
*Com informações do Money Times.
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