Segundo o Instituto de Informação Científica e Técnica do país, a China está avançando no desenvolvimento de modelos de inteligência artificial (IA) em larga escala. Pelo menos 79 modelos de IA, cada um com mais de 1 bilhão de parâmetros, foram desenvolvidos. Embora os Estados Unidos e a China liderem globalmente nesse desenvolvimento, especialistas destacam a necessidade dos chineses reduzirem a lacuna em relação aos norte-americanos nessa área.
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A pesquisa e desenvolvimento desses modelos de IA envolveram mais de 14 regiões provinciais na China, todas contribuindo para essa tecnologia revolucionária, que está na base do ChatGPT. O último relatório do Instituto de Informação Científica e Técnica da China, vinculado ao Ministério de Tecnologia, revela que Pequim lidera com 38 modelos, seguido por Guangdong, com 20.
Visando o suporte a este esforço, as autoridades locais estão disponibilizando poder de processamento público para atender à crescente demanda computacional desses modelos. Pequim, Xangai, Guangdong e Zhejiang emergem como as regiões com o maior número desses modelos, adquirindo também mais servidores de IA nos últimos três anos, como destacado no relatório.
IA’s mais ativa na China
Zhao Zhiyun, chefe do instituto de pesquisa, destacou no Fórum de Zhongguancun que o desenvolvimento dos modelos de IA em larga escala na China está em ascensão, com diversas rotas técnicas registrando avanços simultâneos. Zhiyun aponta que, no contexto desses modelos, o processamento de linguagem natural lidera as pesquisas e desenvolvimentos, seguido pelo campo multimodal.
Entretanto, há escassez de modelos nas áreas de visão computacional e fala inteligente, com a cooperação entre universidades, institutos de pesquisa e empresas apresentando declínio.
De acordo com o relatório, metade dos modelos em grande escala desenvolvidos na China são de código aberto, disponibilizados gratuitamente. Kai-Fu Lee, ex-diretor do Google China e CEO da Sinovation Ventures, destacou a importância de apoiar o código aberto, mas alertou que as empresas chinesas não devem depender excessivamente dele.
Ele alerta sobre a necessidade de estabelecer propriedade intelectual e vantagens tecnológicas internas para criar uma barreira, considerando que modelos de código aberto podem não atingir o desempenho dos desenvolvidos internamente por fabricantes estrangeiros.
Dai Qionghai, acadêmico da Academia Chinesa de Engenharia, salienta que, ainda que a China tenha robustas aplicações de IA, ainda carece de inovação em comparação com os Estados Unidos, além de impulsionar a formação de talentos em IA na China.
*Com informações do Exame.
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