Entre janeiro e setembro de 2023, as contratações do Banco do Nordeste (BNB) com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) atingiram a cifra recorde de R$ 30,3 bilhões. Este volume representa o maior registrado em toda a história do Banco, tendo em perspectiva o fechamento do terceiro trimestre.
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Paulo Câmara, presidente do BNB, destaca que essas contratações correspondem a 78% da projeção total para aplicações com FNE em 2023, deixando apenas 22% para o último trimestre do ano.
Esses valores abrangem todas as operações que o ocorreram na área de atuação do Banco, que inclui estados do Nordeste e parte de Minas Gerais e Espírito Santo. O resultado do terceiro trimestre das operações do FNE, principal fonte de recursos da instituição, representa um aumento de 17,9% em relação ao mesmo período de 2022, totalizando R$ 25,7 bilhões naquele ano.
Câmara explica que as aplicações visam atender três pilares: produtor, consumidor e estruturador. Ele enfatiza a singular capacidade de crédito do BNB, destacando a oferta de financiamentos de curto e longo prazos, microcrédito urbano por meio do Crediamigo e rural pelo Agroamigo, além de crédito especializado, comercial, comércio exterior, câmbio, mercado de capitais, captação e gestão de recursos, entre outros serviços bancários.
Além do FNE
Além dos recursos do FNE, o BNB também realizou aplicações com outras fontes de recursos, totalizando R$ 41,6 bilhões no período de janeiro a setembro de 2023, contratados em mais de três milhões de operações. Isso representa um aumento de 16% em comparação ao mesmo período de 2022, quando o total contratado foi de R$ 35,7 bilhões.
O programa Crediamigo, principal microcrédito orientado da América do Sul, contribuiu com R$ 7,4 bilhões, representando cerca de 18% de todos os recursos contratados e reforçando a missão de estimular o empreendedorismo na base da economia da Região.
Áreas em destaque
Os resultados de setembro destacam dois segmentos em suas contratações. Em produtos e serviços para Micro e Pequenas Empresas (MPE), houve um aumento de R$ 3,3 bilhões para R$ 3,5 bilhões, comparando os nove primeiros meses de 2023 e 2022. Em projetos de infraestrutura, o aumento foi mais significativo, passando de R$ 5,8 bilhões para R$ 8,1 bilhões.
Resultados financeiros
Em relação às principais variações dos resultados financeiros e seus fundamentos, o destaque está no incremento do Patrimônio Líquido (PL) em 19,4%, alcançando R$ 10,3 bilhões em setembro de 2023. O lucro líquido também cresceu 19,1%, passando de R$ 1,3 bilhão para R$ 1,5 bilhão no mesmo período.
Além disso, o banco registrou uma melhora na eficiência operacional, medida por um indicador que caiu de 53% para 50,8%, resultado da elevação das margens de negócios em patamares superiores ao crescimento das despesas administrativas.
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