A Petrobras pretende alocar US$ 5,2 bilhões, o equivalente a R$ 25,5 bilhões, em energia eólica e solar nos próximos cinco anos, de acordo com o plano estratégico 2024-2028 revelado pela empresa na última quinta-feira (23). Nesse período, as fontes renováveis representarão 50% do investimento total em projetos de baixo carbono, registrando o dobro do plano anterior, com o total de US$ 11,5 bilhões (R$ 56,4 bilhões).
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As iniciativas englobam projetos de descarbonização das operações e a exploração de novos setores, como biorrefino, energia eólica, energia solar, captura, utilização e armazenamento de carbono (CCUS) e hidrogênio.
Os recursos disponibilizados serão direcionados da seguinte forma: no Escopo 1 e 2, serão destinados US$ 2,9 bilhões para a mitigação de emissões e a criação de um fundo de descarbonização com US$ 1 bilhão.
Quanto ao Escopo 3, os investimentos abrangerão energia eólica e solar fotovoltaica, com US$ 5,2 bilhões; hidrogênio, CCUS e Corporate Venture Capital receberão US$ 300 milhões; enquanto o biorrefino (diesel renovável e bioQAV) contará com um aporte de US$ 1,5 bilhão.
Além disso, está prevista uma alocação de US$ 700 milhões para pesquisa e desenvolvimento em tecnologias de baixo carbono. Segundo a empresa, a expectativa é que os investimentos em baixo carbono cresçam gradualmente no portfólio, atingindo 16% em 2028.
Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, aponta que a estatal está retomando investimentos em novas energias, priorizando projetos rentáveis e buscando parcerias para redução de riscos e compartilhamento de aprendizados. Com essa abordagem, a ideia é desenvolver as vantagens competitivas regionais do Brasil.
Outros projetos da Petrobras
No campo de energia eólica, a Petrobras anunciou planos de construir 30 GW de parques offshore e adquirir usinas onshore. Além disso, estabeleceu uma parceria com a WEG para o desenvolvimento de um aerogerador nacional.
A empresa também formalizou um memorando de entendimento em conjunto com a TotalEnergies e a Casa dos Ventos, visando avaliar potenciais investimentos em projetos de energia eólica onshore e offshore, solar e hidrogênio de baixo carbono. Na área solar, a estatal planeja instalar usinas fotovoltaicas em suas refinarias e proporcionar espaço para o desenvolvimento de plantas centralizadas.
*Com informações da Agência epbr.
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