A 28ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 28), teve seu início nesta quinta-feira (30) em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Estimada para durar cerca de duas semanas, a relevância do evento é crucial para a ação global contra as mudanças climáticas, especialmente diante dos recentes episódios extremos no Brasil e no mundo. Diplomatas de 200 países e diversos líderes governamentais estão presentes, tornando este encontro uma plataforma abrangente.
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A participação do governo brasileiro no evento gera grande expectativa, tendo início a partir de sexta-feira (01). Antecipa-se a presença de uma comitiva composta por diversos ministros em Dubai. A COP 28 é uma reunião internacional que congrega governos, diplomatas, cientistas, membros da sociedade civil e entidades privadas, buscando debater e encontrar soluções para a crise climática originada pela atividade humana.
No primeiro dia de participação, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançará cinco editais do programa Mais Inovação Brasil, totalizando R$ 20,85 bilhões. Em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Finep e BNDES, o programa visa financiar projetos nas áreas de transição energética, bioeconomia, infraestrutura e mobilidade.
Celio Fernando Melo, economista e vice-presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais do Brasil (APIMEC Brasil), por meio das redes sociais, destaca a relevância da COP 28 para o debate acerca do mercado de carbono.
De acordo com Melo, em 2022, o volume de transações globais do setor atingiu US$ 86 bilhões. “Esse crescimento está impulsionado por uma série de fatores, incluindo o aumento da regulamentação ambiental, a conscientização sobre as mudanças climáticas e a crescente demanda por soluções sustentáveis”, destaca.
“Na COP 28, os países devem discutir o papel dos créditos de descarbonização na transição para uma economia verde. É importante garantir que os créditos sejam emitidos de forma transparente e confiável, para que possam ser usados de forma eficaz para reduzir as emissões.”
Celio Fernando Melo, vice-presidente da APIMEC Brasil
Os créditos de descarbonização representam a diminuição de uma tonelada de dióxido de carbono (CO2) ou de outros gases de efeito estufa. Essas unidades são emitidas por iniciativas que visam reduzir as emissões, tais como a implementação de fontes de energia renovável, a promoção da eficiência energética ou a captura de carbono.
Segundo o economista, esses créditos podem ser transacionados no mercado de carbono, permitindo que empresas e nações adquiram unidades para compensar eventuais excedentes em suas metas de redução de emissões.
Neste ano, um marco foi alcançado, registrando-se pela primeira vez um dia com temperatura média global 2°C acima da era pré-industrial. Além disso, conforme aponta o observatório europeu Copernicus, outubro de 2023 destacou-se como o mês mais quente já registrado em escala global, apresentando uma temperatura média do ar à superfície de 15,3°C. Esse valor representa um aumento de 0,85°C em relação à média de outubro de 1991 a 2020 e 0,4°C acima do outubro mais quente anterior, ocorrido em 2019.
*Com informações do Terra.
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