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Brasil tem dificuldades para auxiliar empresas na descarbonização

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O Brasil desempenha um importante papel no enfrentamento da crise climática global, no entanto, um novo estudo da Deloitte e AYA Earth Partners, com 102 empresas e executivos, revela que, apesar dos progressos recentes, o financiamento para descarbonização no setor privado enfrenta obstáculos. 


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As empresas identificaram a falta de compreensão real dos impactos das mudanças climáticas e a escassez de conhecimento sobre financiamento para mitigação e adaptação como principais desafios. De acordo com olevantamento, 73% dos líderes afirmam não ter acesso a mecanismos de financiamento verde, enquanto 10% não sabem onde encontrá-los.

Quando questionadas sobre como captariam recursos para projetos sustentáveis, 35% das empresas afirmaram não ter planos nesse sentido. Dos 65% restantes, a maioria planeja obter financiamento por meio de linhas de crédito subsidiadas, aporte de capital dos sócios.

Outras alternativas consideradas são empréstimos e financiamentos, aportes via fundos de investimento, emissão de títulos de dívida verdes, aporte de recursos a fundo perdido, oferta pública na bolsa de valores e emissão de títulos de dívida tradicionais.

O estudo também destaca que 20% das empresas já adotam mecanismos de compensação voluntária de emissão de carbono, enquanto 18% consideram essa abordagem. No entanto, obstáculos como falta de regulamentação, precariedade da infraestrutura na Amazônia e custos elevados de projetos de reflorestamento foram mencionados. Embora o ESG esteja ganhando espaço na agenda empresarial, ainda existem lacunas na estratégia e gestão para avançar em direção a uma economia verde.

A percepção geral é que falta ação governamental para promover a descarbonização, com 75% acreditando que incentivos fiscais seriam necessários. Em relação à tecnologia, mais da metade das empresas (56%) acredita que a oferta em seu setor é baixa ou nula, e 63% indicam que as soluções de baixo carbono disponíveis em seu segmento têm baixo ou muito baixo grau de maturidade.

Papel das empresas

Paulo Assis, sócio de Financial Advisory da Deloitte, destaca o potencial do Brasil para se tornar um protagonista na transição verde, enfatizando a necessidade de superar obstáculos. Patricia Ellen, cofundadora da AYA Earth Partners, destaca a importância da iniciativa privada encontrar modelos mais colaborativos para impulsionar soluções inovadoras e sustentáveis, aproveitando as vantagens do Brasil, como sua matriz elétrica renovável e a maior floresta tropical do mundo. Avanços recentes incluem a conscientização crescente no mercado, maior envolvimento governamental e o desenvolvimento de linhas de crédito verde e soluções financeiras integradas.

*Com informações da Época Negócios.

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