Às vésperas do término da presidência rotativa do Mercosul, o Brasil está empenhado em anunciar dois importantes acordos durante a próxima Cúpula do bloco no Rio de Janeiro. Um desses acordos, com Singapura, é considerado praticamente certo, prometendo incrementar R$ 28 bilhões no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro até 2041.
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Tatiana Prazeres, secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), ao Broadcast, destaca que o texto do acordo está praticamente pronto e pode ser assinado no próximo dia 7. Caso se concretize, o acordo simboliza o primeiro acordo do Mercosul com um país asiático e o sétimo destino das exportações brasileiras.
Paralelamente, a expectativa na cúpula inclui a possibilidade de anunciar a conclusão das negociações com a União Europeia. Prazeres, alinhada com o Itamaraty, não garante o comunicado, mas sublinha os esforços do governo brasileiro. A secretária ressalta que a assinatura com Singapura e um eventual anúncio da conclusão com a União Europeia tornariam o ano notável, em relação aos últimos anos.
Mercosul em evidência
Prazeres destaca a importância do acordo com Singapura como o primeiro acordo de livre comércio concluído pelo Brasil em mais de uma década, ressaltando que o acordo favorece investimentos, serviços, tecnologia e a aproximação entre empresas, proporcionando segurança jurídica para as empresas brasileiras em Singapura. O país asiático, além de ser o sétimo destino das exportações, é o segundo maior comprador do Brasil na Ásia.
Tatiana Prazeres afirma que a assinatura do acordo com Singapura, combinada com um possível anúncio de conclusão com a União Europeia, envia uma sinalização “muito positiva” sobre o futuro do Mercosul e sua habilidade em fechar acordos comerciais, evidenciando avanços nas negociações com a União Europeia ao longo do ano.
Frigoríficos brasileiros
A secretária ressalta um termo do acordo que facilitará as vendas de frigoríficos brasileiros a Singapura, destacando a adoção do sistema pre-listing como um avanço. Além do impacto estimado de R$ 28 bilhões no PIB até 2041, o governo projeta R$ 11 bilhões em investimentos e R$ 49 bilhões em corrente de comércio ao longo de 18 anos.
*Com informações do InfoMoney.
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