O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou, durante um seminário que celebrou os 25 anos da lei contra crimes financeiros, que apesar de apresenta desafios, a inteligência artificial (IA) oferece oportunidades cruciais no enfrentamento à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, afirmou.
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Campos Neto enfatizou o potencial da IA como uma ferramenta auxiliar, ressaltando, no entanto, os desafios associados ao possível uso dessas tecnologias em atividades ilícitas.
O presidente do BC também aponta os avanços do Brasil na rastreabilidade de recursos ilegais, mencionando que o país tem progredido em uma ampla agenda de novas tecnologias. Além disso, em discurso, expressou confiança na capacidade dessas inovações em aprimorar a efetividade do combate e prevenção dessas atividades ilícitas.
Ao abordar os marcos alcançados, Campos Neto citou o alinhamento do Brasil com as diretrizes da Organização das Nações Unidas (ONU) e do Grupo de Ação Financeira da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e pontuou o compromisso do Brasil em reprimir crimes financeiros e assegurou a continuidade da colaboração do BC com os órgãos de controle.
“Posso afirmar que essa cooperação tem gerado muitos bons resultados. A atuação do Banco Central tem contribuído para viabilizar importantes operações conduzidas pela Polícia Federal, pelo Ministério Público e demais órgãos de controle”, declarou. De acordo com Campos Neto, desde que a lei entrou em vigor, o Banco Central fez 33 milhões de comunicações ao Coaf, das quais 5,5 milhões apenas no ano passado.
O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), criado em 1998, monitora operações financeiras suspeitas. Instituições financeiras são obrigadas a repassar ao órgão dados de transações acima de R$ 10 mil por pessoas físicas e empresas, especialmente se os recursos possuírem origem duvidosa.
O Coaf, historicamente vinculado ao Ministério da Fazenda e transferido ao Banco Central em 2019. Na ocasião, o conselho chegou a ter o nome alterado para Unidade de Inteligência Financeira, mas o Congresso Nacional resgatou o nome original.
*Com informações da Agência Brasil.
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