combustíveis fósseis e emissões de gee

A ação global para reduzir os combustíveis fósseis não está ocorrendo suficientemente rápido para conter as mudanças climáticas. (Foto: Envato Elements)

Combustíveis fósseis tem recorde em emissões de CO2 em 2023

Por: Redação | Em:
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As emissões globais de carbono derivadas de combustíveis fósseis registraram um novo aumento em 2023, alcançando níveis sem precedentes, conforme indicado por uma recente pesquisa do Global Carbon Project


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Divulgado durante as negociações da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP-28), na última segunda-feira (04), o relatório sobre o Orçamento Global de Carbono prevê que as emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes de fontes como petróleo, gás e carvão atinjam 36,8 bilhões de toneladas em 2023, representando um aumento de 1,1% em relação a 2022.

A principal contribuição para esse aumento provém do petróleo, com um incremento de 1,5%, seguido pelo carvão (1,1%) e gás (0,5%). Apesar de declínios nas emissões de CO2 fóssil em algumas regiões, como Europa e Estados Unidos, a tendência global é de crescimento. Cientistas alertam que a ação global para reduzir os combustíveis fósseis não está ocorrendo suficientemente rápido para conter as mudanças climáticas.

Enquanto as emissões provenientes da mudança no uso da terra, como desmatamento, são projetadas para diminuir ligeiramente, permanecem em níveis elevados, dificultando a compensação pelos atuais esforços de reflorestamento e plantação de novas florestas. Em 2023, as emissões globais de CO2 devido a incêndios ultrapassaram a média histórica devido a uma temporada extrema de incêndios florestais no Canadá.

O relatório estima que o total de CO2 lançado (fósseis + mudança no uso da terra) será de 40,9 bilhões de toneladas em 2023, cerca de 0,4% menor que no ano anterior. As tendências regionais variam, com previsão de aumento na Índia (8,2%) e na China (4,0%), e redução na União Europeia (-7,4%) e nos Estados Unidos (-3,0%).

A equipe de pesquisa, composta pela Universidade de Exeter, Universidade de East Anglia, Centro Cicero para Pesquisa Climática Internacional, Universidade Ludwig-Maximilian de Munique e outras 90 instituições globais, destaca a urgência de ações rápidas para conter as emissões de combustíveis fósseis e manter as metas do Acordo de Paris

O professor Pierre Friedlingstein, do Instituto de Sistemas Globais de Exeter, liderou o estudo e observa a inevitabilidade de ultrapassar a meta de 1,5°C. Segundo ele, os líderes na COP28  terão que concordar com cortes rápidos para preservar a meta de 2°C.

*Com informações da Agência epbr.

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