Um levantemento, realizado pela Redirection International, revela que o mercado verde brasileiro pode atrair investimentos e receitas de aproximadamente R$ 1,3 trilhão até 2030, equivalente a 12% do PIB.
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A pesquisa é fundamentada em informações públicas, incluindo anúncios do Governo Federal e previsões de consultorias globais a partir da 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28) nos Emirados Árabes Unidos, que ocorre desde na última semana, onde se discutem medidas cruciais para as questões climáticas. No Brasil, a expectativa de assumir o protagonismo global em projetos ambientalmente sustentáveis está em ascensão.
De acordo com o economista Adam Patterson, sócio da Redirection International e coordenador do estudo, o Brasil, destacado como superpotência verde, baseia esse status em suas riquezas naturais, como biodiversidade e recursos hídricos e florestais.
“O Brasil tem tudo para se destacar como um gigante mundial em temas ESG e são muitas as oportunidades de investimentos em negócios sustentáveis no país, gerando benefícios diretos e indiretos, como crescimento socioeconômico, melhor segurança energética, proteção ambiental e ampliação de políticas públicas voltadas para a sustentabilidade ambiental”
Adam Patterson, coordenador do estudo
Mais de 70% dos investimentos previstos devem ser destinados ao mercado de carbono e à agricultura sustentável, destacando oportunidades nos créditos de carbono, estimados em R$ 590 bilhões, e na agricultura, com previsão de negócios em torno de R$ 344 bilhões nos próximos anos.
Além disso, áreas como energias renováveis, hidrogênio verde, biocombustíveis, mineração e metais verdes, e a transformação da indústria sustentável, projetam o Brasil como líder a médio prazo. Com quase 50% da matriz energética proveniente de fontes renováveis e sua posição global em proteção ambiental, o país torna-se estratégico para a transição energética e a descarbonização global.
Com o mercado verde em expansão, fusões e aquisições, assim como alianças estratégicas, também devem prosperar. Apesar de projeções ascendentes, o estudo considera cenários conservadores, reconhecendo incertezas no mercado de carbono, resultando em uma estimativa mais cautelosa de R$ 570 bilhões em negócios verdes até 2030.
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