O levantamento realizado pela consultoria Greener sobre as grandes usinas de geração distribuída remota de energia em 2023 revela um cenário de aceleração do negócio no Brasil. Com 4,2 Gigawatt (GW) acumulados desde o início da modalidade, há três anos, até setembro deste ano, esse volume inclui usinas operacionais e em construção, representando um aumento em relação aos 2,3 GW registrados em 2022.
Quer receber os conteúdos da TrendsCE no seu smartphone?
Acesse o nosso Whatsapp e dê um oi para a gente
Segundo o estudo, estima-se que o mercado ultrapasse a marca de 3 GW em instalações anuais até 2025, com a possibilidade de movimentar mais de R$ 10 bilhões em investimentos nos próximos dois anos. A modalidade de contratação de energia, especialmente popular entre varejistas, destaca-se, representando 43%, com ênfase em setores como farmácias e supermercados.
Enquanto o setor de serviços, englobando bancos, comercializadoras e gestoras de GD, contribui com 35%, também servindo como canais para atendimento de consumidores. A geração solar por assinatura está conquistando clientes pessoas físicas, representando 16% do total, um aumento em relação aos 7% em 2022.
O relatório observa uma tendência de expansão da participação desse perfil na geração compartilhada. A pesquisa destaca que a viabilidade da geração compartilhada dependerá das novas regras a serem definidas após 2029/2031. A consultoria ressalta que a redução de preços de equipamentos, a queda na taxa de juros e questões tributárias podem contribuir para tornar o modelo de negócios mais atrativo.
Apesar do crescimento indicado pelo mercado, o estudo destaca desafios enfrentados na viabilização e implementação de novos projetos, como a conexão à rede e a captação de recursos para investimento. A aceleração no volume de empreendimentos esbarra na capacidade máxima de construtores experientes, que já estão executando obras em paralelo, tornando a contratação de EPCistas (empreiteiros) um obstáculo significativo.
*Com informações da Agência epbr.
Saiba mais:
Pesquisa mostra que energia solar deve dar um salto no cenário global
CNI: 42% das indústrias do Brasil visam investimentos em renováveis