O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, nesta quarta-feira (13), deve apresentar a definição referente ao quarto corte consecutivo da taxa básica de juros (Selic). O mercado aponta para uma redução de 0,5 ponto percentual, atingindo 11,75%, o menor nível desde março de 2022. A atenção está voltada para o comunicado, que poderá indicar novos cortes nas próximas reuniões.
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Apesar da expectativa de que a inflação deste ano encerre em um patamar mais baixo do que inicialmente previsto, dentro da meta de tolerância, os especialistas alertam para as expectativas inflacionárias de 2024 e 2025, demandando uma postura monetária restritiva. O mercado projeta a Selic em 9,25% ao final de 2024, frente aos 10,45% do último relatório Focus.
Especialistas como Sérgio Goldenstein, estrategista-chefe da Warren, consideram provável que o comunicado reitere a perspectiva de redução nas próximas reuniões, mantendo a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário.
Embora os dados econômicos mais recentes apontem para a continuidade da expansão de empregos e da renda real das famílias, indicando um possível aumento no consumo pessoal, o Copom manifesta receios em relação a uma reaceleração da inflação, indicando uma postura mais contracionista.
Marco Maciel, economista-chefe do Banco Fibra, destaca que a projeção para a variação do IPCA em 12 meses é de 3,7% no final de 2024, projetando a Selic em 9%, com o Copom buscando a convergência da inflação para o centro da meta em 2024.
Entretanto, fatores de risco, como um ambiente externo mais adverso, levaram o Copom a expressar maior preocupação na última reunião, enfatizando a necessidade de cautela, mesmo diante de sinais positivos na economia.
Sérgio Goldenstein ressalta que alguns fatores limitam o espaço para sinalizar uma possível aceleração no ritmo de ajuste, incluindo projeções de inflação acima da meta para 2024 e 2025, expectativas inflacionárias desancoradas, incertezas relacionadas à política fiscal e a resiliência da atividade doméstica e do mercado de trabalho.
*Com informações da Forbes.
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