De acordo com um estudo recente da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena), divulgado este mês, a inclusão da tecnologia de captura, armazenamento e utilização de carbono (CCUS) em projetos de hidrogênio proveniente de combustíveis fósseis resulta em maior consumo de água e menor eficiência energética em comparação com a eletrólise utilizando fontes renováveis, como hidrogênio verde (H2V).
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A Irena aconselha que governos e investidores deem prioridade a projetos de H2V, mesmo ao desativar usinas movidas a combustíveis fósseis em regiões onde a disponibilidade de água é limitada.
Como parte da estratégia global de descarbonização para limitar o aquecimento do planeta a 1,5°C até o final do século, diversos países estão apoiando a meta de dobrar a produção de hidrogênio até 2030.
Segundo as estimativas da Irena, a produção global de hidrogênio atingiu aproximadamente 86 milhões de toneladas (Mt) em 2021, sendo 68 Mt provenientes do método cinza (a partir do gás natural) e 18 Mt do método marrom (a partir do carvão).
Nos cenários propostos pela agência, nos quais as economias mundiais se alinham ao objetivo de 1,5°C, a produção global anual de hidrogênio precisaria atingir 247 Mt até 2040, sendo 166 Mt de hidrogênio verde e 81 Mt de hidrogênio azul (gás natural com CCUS). Em 2050, a produção global anual de hidrogênio alcançaria 523 Mt, com a rota da eletrólise representando quase 94%.
Para atender a essa demanda, as retiradas de água doce poderiam mais que triplicar até 2040 e aumentar seis vezes até 2050, em comparação com os atuais 2,2 bilhões de metros cúbicos (m³) retirados anualmente. Além disso, a produção atual de hidrogênio representa apenas 0,6% do total de retirada de água do setor de energia. Entretanto, até 2040, essa parcela pode chegar a 2,4%.
*Com informações da Agência epbr.
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