De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), o último trimestre de 2023 registrou uma significativa desaceleração na demanda global por petróleo. A entidade prevê que os países fora do cartel Opep+, extensão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), serão capazes de atender a todos os aumentos projetados no consumo para o próximo ano, destacando a conjunção de uma demanda internacional em declínio e o crescimento da oferta por parte de nações não afiliadas à Opep+, como os Estados Unidos.
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Esses fatores já estão refletindo nos preços do petróleo, que diminuíram para menos de 75 dólares por barril, contrastando com os quase 100 dólares registrados em setembro. A AIE ressalta que a influência da Opep+ no mercado de petróleo enfraqueceu, com os recentes cortes na produção elevando sua fatia de mercado para 51%, a menor desde a formação do grupo em 2016, incluindo membros da Opep e nações aliadas como Rússia, México e Azerbaijão.
Além disso, a AIE afirma que países como Brasil e Guiana devem contribuir com um acréscimo de 1,2 milhões de barris por dia no fornecimento de petróleo por nações fora da Opep no próximo ano. Nesse contexto, o órgão convidou o Brasil a entrar no grupo, enquanto na Guiana, a Venezuela parece ter notado o excedente de produção.
Os Estados Unidos também marcaram um recorde na produção de petróleo este ano, com previsão de fechar 2023 atingindo uma produção recorde de 12,9 milhões de barris de petróleo bruto.
*Com informações do Money Times.
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