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Financiamento em energia de baixo carbono atingiu 73% do fóssil em 2022

baixo carbono

O financiamento para projetos de energia de baixo carbono, em 2022, atingiu 73% do total disponibilizado pelos principais bancos mundiais para combustíveis fósseis, revela pesquisa da BloombergNEF. O estudo mostra que a cada dólar investido na indústria de óleo, gás e carvão, aproximadamente US$ 0,73 foram direcionados para energia de baixo carbono, ligeiramente abaixo dos US$ 0,75 registrados em 2021. 


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O relatório, divulgado após o término da COP 28, destaca que esse financiamento não está alinhado com as metas para limitar o aquecimento global a 1,5°C.

Apesar do crescimento expressivo para US$ 2 trilhões em 2022 no apoio bancário a projetos voltados à descarbonização da matriz energética, a relação ideal de 4:1, onde cada dólar em fósseis seria acompanhado por US$ 4 em renováveis, está distante. 

A BNEF ressalta que, embora a atividade de investimento na economia real tenha atingido a paridade entre combustíveis fósseis e baixo carbono, o financiamento facilitado por bancos não seguiu o mesmo ritmo.

Fatores como a guerra na Ucrânia e a recuperação econômica pós-pandemia impulsionaram os investimentos em energia no ano passado, mas o aumento das taxas de juros para combater a inflação contribuiu para a redução dos volumes de financiamento

Baixo carbono: bancos investiram menos

Além disso, a participação da energia solar em pequena escala, representando 20% dos gastos em baixo carbono, não é plenamente capturada nos financiamentos bancários ou nas corporações, contribuindo para essa disparidade, como destaca o relatório.

Em 2022, os bancos desembolsaram US$ 1,7 trilhão para o fornecimento de energia, abaixo dos US$ 1,95 trilhão em 2021, com US$ 708 bilhões direcionados para baixo carbono, em comparação com US$ 851 bilhões no ano anterior. Projetos de geração térmica a carvão receberam US$ 122 bilhões, sendo 76% na China, resultando em uma proporção de investimento em carvão em relação aos combustíveis fósseis de 0,18:1, longe da meta de 0,06:1 para esta década no cenário de 1,5°

*Com informações da Agência epbr.

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