No terceiro trimestre de 2023, o agronegócio brasileiro atingiu um marco ao empregar 28,5 milhões de pessoas, estabelecendo um recorde para o período. A contribuição desse setor para o total de ocupações no Brasil foi de 26,8%, conforme revelado no Boletim Mercado de Trabalho do Agronegócio Brasileiro, divulgado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em colaboração com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).
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O resultado representa um aumento de 1,4% em comparação com o terceiro trimestre de 2022, refletindo um acréscimo de mais de 396 mil pessoas empregadas no setor. O segmento que mais contribuiu para esse desempenho foi o de agrosserviços, com uma expansão de 8,1% (744,25 mil pessoas), seguido pelo segmento de insumos, que registrou um aumento de 9,4% (26,50 mil pessoas). A ênfase recai sobre atividades como consultoria, irrigação e assistência técnica no primeiro segmento, enquanto a comercialização de fertilizantes e defensivos destaca-se no segundo.
No entanto, a população ocupada na agropecuária experimentou uma queda de 3,8%, e no segmento agroindustrial, houve uma redução de 0,9%, com destaque para as indústrias de têxteis e vestuários, produtos e móveis de madeira, abate de animais, couro e calçados.
O boletim também revela um crescimento nos rendimentos mensais dos empregados assalariados e empregadores no agronegócio, com aumentos de 3,4% e 3,5%, respectivamente, no terceiro trimestre de 2023 em comparação com o mesmo período do ano anterior. O ganho real para trabalhadores por conta própria no agronegócio expandiu-se em 2,4% durante esse período.
Em 2023, observou-se uma transformação no perfil da população ocupada no agronegócio, destacando um aumento impulsionado pela formalização do emprego, especialmente entre os empregados com carteira assinada. Além disso, houve um incremento significativo nos trabalhadores com níveis mais elevados de instrução, abrangendo tanto aqueles com ensino médio completo quanto os com ensino superior completo e incompleto.
O estudo fornece uma análise abrangente da conjuntura e estrutura do mercado de trabalho do agronegócio do Brasil, explorando a evolução trimestral da população ocupada e comparando-a com a série histórica mantida pelo Cepea desde 2012. O setor, é definido a partir da soma de quatro segmentos: insumos para a agropecuária, produção agropecuária primária, agroindústria (processamento) e agrosserviços, segundo Cepea (2017)
*Com informações do Diário do Comércio.
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