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Sétimo no ranking global, o mercado pet brasileiro avança a passos largos registrando performance única dentre todas as atividades econômicas. (Foto: Envato Elements)

Mercado pet cresce e aparece no PIB brasileiro

Por: Gladis Berlato | Em:
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Sétimo no ranking global, o mercado pet brasileiro avança a passos largos registrando performance única dentre todas as atividades econômicas. A curva de crescimento se mantém ascendente devendo chegar a 87% até 2026, considerando apenas o faturamento com a venda de produtos. A razão parece clara: a população de bichos de estimação aumenta a ponto de chegar a um animal para cada seis brasileiros.


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Mesmo após o boom de adoções de pets durante a pandemia, o mercado no Brasil não arrefeceu e continua demandando não apenas alimentos e medicamentos, como serviços mais sofisticados e até inusitados, até há pouco exclusivos de humanos. Muito mais do que banho e tosa, os bichos de estimação conquistaram espaço em clínicas especializadas como oftalmologia, dentista, dermatologista, psicologia, creches, hemodiálise, quimioterapia e seguro-saúde. Sem esquecer os serviços fúnebres e a cremação no momento da despedida.

No lazer e turismo, os estabelecimentos se apressaram em se adequar aos novos hábitos para bem receber os animais como membros da família, garantindo uma receita maior.

Shopping center

Pesquisa da Associação Brasileira de Shopping Centers (Abrasce) junto a frequentadores dos 26 estados e do Distrito Federal no último trimestre de 2023 reforça que o mercado pet ganha força no Brasil. O levantamento apontou que 73% dos consumidores têm pet, dos quais 30% passeiam com seus animais nos shoppings, somando nada menos do que 97 milhões de pessoas/mês. Trata-se de um hábito mais consolidado no público de maior poder aquisitivo (53%), com renda acima de 15 salários mínimos.

O pet shop é o quinto serviço mais procurado pelos consumidores dentre todos os serviços oferecidos nos shopping centers, atrás apenas de caixa eletrônico, agência bancária, lotérica e estética. O Nordeste é a região com o mais alto percentual de público que frequenta os shopping centers com seus pets (34%), para uma média nacional de 30%.

“A frequência de donos de pets e a busca por produtos para animais mostram que os shoppings têm relevância como ambiente para passeio e compras”, destaca o presidente da Abrasce, Glauci Humai, ao comentar os dados da pesquisa que tem o objetivo de radiografar e mapear o setor com vistas a garantir bons negócios.

Programa especial

Com este olhar é que o Sebrae Nacional e as unidades regionais, como a cearense, montaram projetos especiais de capacitação a empreendedores para que usufruam a potencialidade deste mercado que já representa 0,36% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. Animada, a gestora do Programa Pet Friendly do Sebrae Ceará, Eveline Tabosa, alerta que os mentores buscam destinos – restaurantes, hotéis, eventos – onde seus pets são bem aceitos e acolhidos com estrutura eficiente de serviços.

Eveline Tabosa é gestora do Programa Pet Friendly do Sebrae Ceará. (Foto: Divulgação)

Por conta desta necessidade, o Sebrae-CE, junto com a Secretaria do Turismo, ampliou os benefícios do Selo de Qualidade Empresarial, idealizado em 1996, e do Selo Pet Friendly, criado em 2022, pela Prefeitura de Fortaleza, sob a mentoria da especialista Cris Berger. “A partir deste ano, o programa considerará as boas práticas alinhadas com os princípios da sustentabilidade e dos bons serviços”, explica a gestora do Sebrae,defendendo a necessidade de utilização da tecnologia para oferecer segurança aos donos, permitindo o acompanhamento à distância.

O presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis do Ceará (ABIH-CE), Régis Medeiros, testemunha esta realidade. “A pandemia fez um papel muito forte no fortalecimento do mercado que tende a continuar uma trajetória positiva que começou com a Covid-19 e que não recuou”, disse. Ele próprio lembra que recentemente, no Réveillon, teve 10 pets hospedados em seu hotel vindos com hóspedes que escolhem lugares que aceitam seus animais. O fato demonstra que o setor precisa se preparar para oferecer conveniências e serviços adequados.

Seguro saúde pet

O casal gaúcho Alan Streck e Thaís Mahfuz, atualmente residindo em São Paulo, foi um dos que adotaram na pandemia as irmãs Odile e Odete, assim batizadas em homenagem às bailarinas do balé O Lago dos Cisnes. A pandemia passou, mas eles passaram a engrossar a carteira de clientes das redes pet. A compra recorrente de alimentos e acessórios em geral os levou a assinar os serviços da Petlove, um dos primeiros ecossistemas pet do Brasil, garantindo frequência e descontos nas compras. “É uma assinatura de ração e tapetes higiênicos com flexibilidade para adicionar ou retirar itens, conforme a necessidade”, explica Thaís, satisfeita com a praticidade e funcionalidade do sistema.

A Petlove é uma das maiores referências do mercado pet no Brasil. (Foto: Rafael Renzo)

Fundado em 1999, o Grupo Petlove é formado pela Petlove (e-commerce e lojas físicas de venda de produtos e serviços) com mais de 15 mil itens e 1,7 milhões de clientes no e-commerce.

Também conta com outras marcas como a DogHero, que oferece hospedagem pet, creches, hotéis, passeios, pet sitter e planos de saúde para cães e gatos, que já somam 280 mil vidas seguradas através da rede credenciada composta por mais de 4,8 mil parceiros qualificados como clínicas, hospitais 24 horas, laboratórios de exames simples e complexos, profissionais autônomos, veterinários com atendimento a domicílio e especialidades. E tem, ainda, a marca Vetus (quase 1.300 clientes ativos) e Vet Smart (plataformas B2B voltadas para veterinários e pet shops parceiros), tendo cadastrados mais de 148 mil médicos veterinários e mais de 184 estudantes de veterinária.

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