O Brasil, enquanto está na presidência do G20, em 2024, deve articular os objetivos em relação à política externa, como a defesa da reforma do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o fortalecimento do país como líder na luta contra as mudanças climáticas e na transição energética.
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O G20, principal fórum de finanças e economia do mundo, é uma prioridade máxima na agenda internacional do governo brasileiro. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva destaca o papel à frente do grupo como, possivelmente, a maior responsabilidade internacional para o Brasil.
Segundo Tatiana Berringer, que coordena a relação da sociedade civil com a Trilha de Finanças do G20, do Ministério da Fazenda, liderar o G20 é uma questão de importância política, por representar uma projeção da imagem e do papel internacional do Brasil. “O G20 é hoje considerado o principal fórum multilateral de debate de economia política, de temas sociais e dos temas que tangenciam a transição climática. E o Brasil liderar isso, e poder trazer também a sua marca, acho que é uma questão de grande relevância”, ressalta.
Pela primeira vez na história, o Brasil sediará as reuniões do G20, iniciando na quinta-feira (18). Estão previstos aproximadamente 120 eventos programados ao longo de 2024 até a cúpula final dos chefes de Estado nos dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.
Nesse contexto, o Brasil estabeleceu três prioridades durante sua presidência no G20: combater a fome, a pobreza e a desigualdade; abordar as três dimensões do desenvolvimento sustentável (econômica, social e ambiental); e promover a reforma da governança global.
O coordenador do Grupo de Reflexão sobre o G20 no Brasil, da Universidade de Brasília (UnB), Roberto Goulart Menezes, mostra confiança na capacidade do Brasil de articular seus objetivos de política externa durante as reuniões. No entanto, ele ressalta que essa projeção tem limitações, vinculadas aos compromissos anteriores e aos agendados para o próximo encontro em 2025, na África do Sul.
O professor de Relações Internacionais da UnB destaca a restrição na margem de manobra para o Brasil utilizar o G20 financeiro como plataforma para seus objetivos de política externa. Ele adverte que a agenda do G20 não pode sofrer mudanças bruscas, e a construção de consensos dentro do bloco é um processo lento, podendo levar anos para a materialização de novos temas devido à necessidade de coordenação entre os países.
*Com informações do portal Agência Brasil.
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