O Brasil exportou US$ 2,4 bilhões (R$ 12,02 bilhões) em produtos para a Arábia Saudita, de janeiro a setembro de 2023, de acordo com o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. A principal categoria de produtos comercializados foi a de carnes de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas, totalizando cerca de US$ 640 milhões (R$ 3,205 bilhões), que representa 27% da participação no total.
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Para Andréia Adami, professora na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq) da USP e pesquisadora no Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a parceria entre a Arábia Saudita e o Brasil busca diversificar oportunidades para ambos os países. Segundo a especialista, a Arábia Saudita procura explorar setores além do petróleo, buscando variar suas atividades econômicas.
Tamer Mansour, CEO e secretário-geral da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira (CCAB), destaca que o interesse saudita em práticas mais sustentáveis é relevante para o Brasil, afirmando que “a Arábia Saudita vinha querendo se tornar um líder dos países árabes para defender a causa de segurança alimentar“.
Para o secretário-geral, se os negócios se sustentarem, a parceria tem potencial benéfico para ambos os lados, sendo o Brasil considerado o caminho certo para tais iniciativas.
Adami ressalta que a grande extensão de zonas áridas no Oriente Médio torna esses países grandes importadores de alimentos, sendo o Brasil um aliado histórico nesse sentido, principalmente no fornecimento de carne de frango nas décadas de 1990 e 2000.
A parceria, ao longo do tempo, evoluiu para investimentos estratégicos, impulsionando o agronegócio do brasil tanto localmente quanto na Arábia Saudita, como observado por Mansour, que reitera o país como um dos maiores parceiros investidores no setor agro brasileiro.
A parceria não se limita à segurança alimentar, pois os sauditas têm investido no setor de bovinocultura, não apenas para atender às necessidades do país, mas como parte de uma estratégia de expansão de negócios, destaca a professora Adami.
Além de garantir a segurança alimentar para a população saudita, a parceria contribui para o desenvolvimento global do agronegócio, servindo como uma fonte substancial de recursos para aprimoramento e expansão das operações das empresas brasileiras, inclusive no exterior.
*Com informações do portal CNN Brasil.
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