A liderança do Brasil no G20, que reúne as 19 maiores economias do mundo e a União Europeia, representa uma chance para o país promover uma agenda global de crescimento econômico baseada em princípios de inclusão social e respeito ao meio ambiente. Essa postura foi apresentada em Davos, Suíça, pelos ministros Marina Silva (Meio Ambiente), Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Nísia Trindade (Saúde) durante o primeiro dia do Fórum Econômico Mundial.
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Marina Silva afirmou que a receptividade a essa agenda proposta pelo Brasil foi positiva, como observado na reunião COP27, no Egito. Segundo ela, há um reconhecimento da postura brasileira como um país em desenvolvimento comprometido com a responsabilidade ambiental e social, valores historicamente associados ao presidente Luiz Inacio Lula da Silva.
A ministra destacou que essa abordagem abrangente posiciona o Brasil para receber aportes de investidores, organizações multilaterais e filantropia. O Fundo Amazônia, por exemplo, recentemente viu seus investimentos dobrarem para R$ 6 bilhões. Outro exemplo mencionado foi o Fundo Clima do BID, que agora totaliza R$ 10 bilhões, podendo em breve atingir R$ 20 bilhões, destinados a iniciativas de bioeconomia e rastreabilidade na agricultura brasileira.
Marina defendeu também a abertura do mercado internacional para produtos da biodiversidade brasileira.
Alexandre Silveira abordou o papel do Brasil na transição energética, enfatizando a histórica prioridade do país por uma matriz limpa, inclusive nos transportes, com o uso de etanol e biocombustíveis. Ele também mencionou a interligação energética na América do Sul como um dos principais objetivos do governo.
Nísia Trindade destacou a urgência das conversas sobre acesso à saúde diante dos desafios das mudanças climáticas. Segundo ela, no G20, a saúde deve ser considerada a partir de uma perspectiva geral.
“Uma das principais desigualdades é no campo da tecnologia e da inovação do complexo econômico e industrial da saúde”, afirmou Trindade, destacando que, no início da pandemia de COVID-19, apenas 1% dos países mais ricos teve acesso às primeiras doses de vacina.
*Com informações do portal InfoMoney.
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