BYD, fabricante chinesa de veículos elétricos, está em processo de negociação para adquirir a Sigma Lithium, produtora de lítio no Brasil, como parte da competição global para assegurar matérias-primas na era dos veículos elétricos.
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O presidente da BYD no Brasil, Alexandre Baldy, revelou negociações com a Sigma, avaliada em US$ 2,9 bilhões (R$ 14,3 bilhões), considerando opções como acordo de fornecimento, joint venture ou aquisição. A Sigma iniciou a distribuição do lítio, crucial para baterias de veículos elétricos, a partir de sua mina em Minas Gerais no ano passado.
A companhia informou, em novembro, que encontrou novas reservas, estimadas em 26 a 30 milhões de toneladas de lítio, em suas reservas em Araçuaí e Itinga, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. Dessa forma, a companhia deve somar 110 milhões de toneladas do mineral.
BYD e expansão global chinesa
Os planos da BYD para o Brasil coincidem com a expansão global de empresas chinesas de veículos elétricos e energia renovável, incluindo a construção de uma fábrica de veículos elétricos na Hungria e negociações para um local no México.
No entanto, essas ambições chinesas têm suscitado preocupações em relação à busca de Pequim por superioridade tecnológica e controle sobre recursos globais vitais para as indústrias de tecnologia limpa. Nesse contexto, Estados Unidos, Canadá e Europa estão tomando medidas visando conter o avanço de empresas chinesas na mineração.
Além do Brasil, Austrália, Argentina, China e Chile são destacados como importantes produtores de lítio.