As emissões de certificados de recebíveis imobiliários (CRI) e certificados de recebíveis do agronegócio (CRA) ganharam impulso na segunda metade de 2023, após um início de ano fraco, indicando uma perspectiva forte para o segmento em 2024. O Governo Federal está monitorando esse movimento, e o mercado teme a possível gestação de novas regras para esses instrumentos.
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As captações desses papéis, conhecidos por sua isenção de Imposto de Renda, no ano passado, totalizaram pouco mais de R$ 91,1 bilhões, representando uma queda de aproximadamente 4% em relação aos R$ 94,7 bilhões observados em 2022, influenciada principalmente por emissões mais baixas no primeiro semestre, segundo levantamento da Uqbar, plataforma de informações do mercado financeiro, a pedido do InfoMoney.
No caso dos CRIs, por exemplo, o mercado registrou 365 novas emissões em 2023, movimentando R$ 47,6 bilhões. No ano anterior, foram 447 operações, alcançando um volume financeiro recorde de R$ 51,1 bilhões.
As emissões de CRAs tiveram menos oscilações entre 2022 e 2023. No último ano, acumularam R$ 43,5 bilhões, com boa parte das operações ocorrendo no segundo semestre. Em 2022, o volume foi de R$ 43,6 bilhões em 231 emissões, superando as 184 registradas no ano seguinte.
Dados preliminares da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) corroboram essa tendência, indicando que as emissões de CRIs totalizaram R$ 38,9 bilhões até novembro de 2023.
Segundo a Uqbar, as emissões de CRI ganharam força, principalmente no segundo trimestre, com uma captação de quase R$ 32 bilhões, o dobro dos R$ 15,7 bilhões verificados nos primeiros seis meses de 2023. Essa dinâmica foi impulsionada pelo alívio no mercado de crédito, perspectivas favoráveis para os juros no Brasil e no mundo, e influência de medidas do Governo Federal.
*Com informações do portal InfoMoney.
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